Entre os cachos do amor
Águida Hettwer
Nos retratos não há alas separando o passado, o próprio texto encontra seu caminho, nas folhas amareladas. O apontador do lápis é deixado ao lado do rascunho, há tantos riscos para serem traçados, e sem disfarces, percebe-se a euforia das linhas.
Num jogo de sedução e nostalgia, como despentear os cachos no travesseiro, em noite de amor e fantasia. A chuva dá o tom maior, as cortinas se fecham, dando lugar para o silêncio dos amantes. Onde não há fuso horário, na realidade que ali se faz presente.
Apara-se a franja, para que se veja melhor, o laço afetivo que prende. Na biografia do amor, o prefácio, é pontilhado de inquietações, conduz em versos de ternura, no entusiasmo do olhar que se rende. Em doce magia se curva, com pressa se despe em confessionário de emoções.
Enlaça abraços e se faz refúgio, aconchega beijos entre carinhos. O amor não confere sobrenome, ou linhagem de nobreza, salpica estrelas na escuridão, se faz presente mesmo em silêncio. Quebram-se as vidraças do ego, para chamar atenção.
Perde-se o senso e a razão, no amor somos mimados e dependentes, crianças carentes, espelhos refletidos de fragilidades. Quando o amor chega, um ciclo se inicia quanto mais confuso e intenso, mais se vicia.
O amor é a crônica narrada do dia a dia, paisagem decorada de fantasia, universo paralelo, cerne de sabedoria, sobrepõe às dúvidas e contradições. Inspira sonhos, traz a vida encanto e alegria.
O amor sorve-me aromas, devolve-me em poesias...
30.05.2009
Águida Hettwer
Nos retratos não há alas separando o passado, o próprio texto encontra seu caminho, nas folhas amareladas. O apontador do lápis é deixado ao lado do rascunho, há tantos riscos para serem traçados, e sem disfarces, percebe-se a euforia das linhas.
Num jogo de sedução e nostalgia, como despentear os cachos no travesseiro, em noite de amor e fantasia. A chuva dá o tom maior, as cortinas se fecham, dando lugar para o silêncio dos amantes. Onde não há fuso horário, na realidade que ali se faz presente.
Apara-se a franja, para que se veja melhor, o laço afetivo que prende. Na biografia do amor, o prefácio, é pontilhado de inquietações, conduz em versos de ternura, no entusiasmo do olhar que se rende. Em doce magia se curva, com pressa se despe em confessionário de emoções.
Enlaça abraços e se faz refúgio, aconchega beijos entre carinhos. O amor não confere sobrenome, ou linhagem de nobreza, salpica estrelas na escuridão, se faz presente mesmo em silêncio. Quebram-se as vidraças do ego, para chamar atenção.
Perde-se o senso e a razão, no amor somos mimados e dependentes, crianças carentes, espelhos refletidos de fragilidades. Quando o amor chega, um ciclo se inicia quanto mais confuso e intenso, mais se vicia.
O amor é a crônica narrada do dia a dia, paisagem decorada de fantasia, universo paralelo, cerne de sabedoria, sobrepõe às dúvidas e contradições. Inspira sonhos, traz a vida encanto e alegria.
O amor sorve-me aromas, devolve-me em poesias...
30.05.2009