CONDENADOS PELO DESTINO


 
Neste tempo onde muitos vivem a realidade e o virtual; muitas coisas em nossas vidas podem vir acontecer. Coisas que são de repente comuns na realidade, mas quando estamos de um lado e outra pessoa do outro teclando, vêm-nos a curiosidade de logo querermos conhecer pessoalmente com quem conversamos.  Movido pela emoção, ou simplesmente pela curiosidade de conhecer este amigo (a) que já por algum tempo é virtual.

Assim, mesmo aconteceu por duas vezes , uma ainda hoje me faz sentir saudades, mas foi embora com o tempo, perdeu-se na imensidão. E outra, vim conhecer agora, coisa que me proporcionou um bem danado conhecê-la .

 Assim passo a lhes contar como tudo ocorreu. Por causa de um texto, um verso escrito, um poema de amor, eu não me recordo bem, ela de mim se aproximou. E assim, conversa vai e vem, marcamos de nos encontrar, tal hora e tal dia. A primeira eu encontrei num restaurante de comida chinesa, com aquelas comidas exóticas, que de alguma maneira nos chamam a atenção, a outra indo ao apartamento dela.Pois teria que fazer  um trabalho para o jornal, pro qual escrevo, e sendo assim achei interessante fazer este trabalho com ela.

Cheguei um pouco atrasado como sempre da hora marcada no endereço combinado. A pessoa que me abriu a portaria olhou pra mim, meio de traves e eu nada entendi. Portanto, o que me interessava era além de conhecer aquela pessoa, teria que fazer meu trabalho. E assim foi, apertei o botão no do dito apartamento, encontrei a porta entreaberta, e qual fora a minha surpresa, jamais imaginaria , que me encontrasse entrando num pesadelo , ou seja o maior pesadelo vivido por mim , por toda uma vida.

Já curioso, empurrei a porta e ao adentrar no apartamento, achei muito estranho, encontrei uma garrafa de gim, e dois copos vazios sobre uma mesa. Até o momento não tinha visto ninguém, até que, tudo isto numa questão de segundos, vi com meus próprios olhos, um corpo inerte de uma mulher. Meu Deus; desesperei-me. Minha cabeça entrou em parafuso, vieram coisas de uma infância tumultuada.

Aproximei-me mais do corpo, e observei que o sangue ainda se encontrava fresco, pior pra mim sem saber o por que . Mil, e uma pergunta vieram a minha cabeça e nenhuma resposta que no momento pudesse me acalmar.

Apenas me deu vontade de sair correndo espantado com a cena vista daquele lugar,  do mesmo modo que encontrei. Mas sem mesmo querer me aproximei da janela do quarto e pude perceber que lá embaixo estava havendo um tumulto, e a policia estava presente. Estava no segundo andar. Coisa que me deixou, bem mais preocupado.

Pelo interfone, chamei a portaria, pedi que se possível chamasse o comandante daquele grupo, ou a pessoa responsável. Foi quando, em seguida chegou dois  militares, eu estava naquele momento totalmente fora de mim . Quando um deles disse, para que não me preocupasse, mas que teria que acompanhá-los até a próxima delegacia de polícia, e que teria de contar tudo que eu tinha visto quando no apartamento daquela pessoa cheguei.

Com certeza pude entender  que os dois já sabiam que todo aquele momento poderia ser explicado através de um projétil de uma arma possante que transpassara pela janela, não tinha notado de maneira alguma que a janela tinha uma perfuração, nem mesmo tinha notado nada na cortina, tal situação de desespero pela qual estava passando.

Cheguei junto aos polícias na delegacia e tive que contar tudo que ali tinha visto até mesmo que era a primeira vez que me aproximara daquela pessoa. Respondi mais algumas perguntas, fui notificado que teria de voltar outro dia, assim que me chamassem, mas eu já estava dispensado por que certamente eu não fizera nada aquela mulher. Que tanto ela e eu, fôramos condenados pelo destino.