Ela é uma vadia!
vadia
do Lat. * vagativu, ou Ár. baladi
adj. e s. m.,
que ou aquele que não tem ocupação, que não quer trabalhar;
vagabunda;
tunante.
Aqueles que me conhecem sabem que é uma raridade me ouvir falar (nesse caso escrever) um palavrão ou dirigir uma ofensa a alguém, sou delicada com as palavras, mas isso que ela faz tem atropelado minha tolerância, excedeu os limites pra comigo.
Ela entra e sai na hora que quer, entra sem bater à porta, se esparralha sobre minhas coisas, em minha sala de estar, no meu quarto, ela até mesmo se infiltra dentro de mim, ainda que eu não tenha lhe dado prévia permissão.
Ela quer por vezes assumir o controle de meu estado emocional, dirigir meus pensamentos, me levar ao tédio e a desesperança, a uma amargura que rejeito veementemente.
De certo modo a situação chegou nesse ponto por culpa minha, houve um tempo no inicio de minha adolescência, quando a conheci que a achei atraente, me deixei seduzir por ela, é que nessa altura da vida estar com ela é um modismo, uma forma de exibir elegantemente nossa revolta e incompreensão, mas daí a guardá-la comigo na fase adulta e como uma revolta e incompreensão a mim mesma, ah não... Não dá mesmo!
Já está na hora de deixar de ser boazinha e receber a todos com atenção, com afeto, com cordialidade... Ela não!
Está atentando para essas palavras pilantra?
Você não é mais bem vinda em minha vida, volte por onde veio e me deixe em paz.
Vá procurar algo útil a se fazer. Procure outro para atazanar!
Quero alertar a você caro leitor que se essa tal chamada TRISTEZA lhes procurar sejam cautelosos, a rejeitem, não lhes dêem vazão.
E outra vez mais lhe digo Sra. Tristeza, procure algo pra preencher seu tempo que não seja me arrastar por você.
Como sugeriria Machado de Assis:
- Vá plantar batatas!