AH !...É A TSUNAMI !!!!!

Toda vez que olho para a minha cachorrinha, relembro como adentrou na minha vida rsrs Foi de uma forma inusitada, mas maravilhosa.

Era dia dezenove de dezembro de dois mil e quatro. Um domingo chuvoso, mas muito agradável. Adoro o tempo assim fresquinho.

Como acontece em todos os finais de semana, eu sou a escolhida para buscar o pão aqui por perto de casa. São uns dois pontos de ônibus.Vou sempre a pé e aproveito para caminhar.Sempre consigo trazer o pão fresquinho .

Nesse domingo teria sido uma rotina normal se não tivesse acontecido o tal imprevisto.

Tinha andado um pouco,quando ao chegar num determinado ponto do caminho, vi um cachorrinho todo pretinho, com os pelos desgrenhados e muito arrepiados. Soube depois que é o chamado pelo de arame.

Todos que passavam pelo bichinho queriam chutá-lo, enxotando-o.Fiquei com muita peninha e quando passei por ele, demonstrei muito carinho,mas continuei andando.

Num certo ponto da caminhada, senti um bafinho quente no meu calcanhar e me virei pra ver do que se tratava. Qual foi a minha surpresa quando vi que era o mesmo animalzinho.

Não dei muita importância, pois podia ser uma coincidência, apesar de achar que tudo tem uma razão de ser, mas mesmo assim, continuei caminhando. Atravessei a rua e que susto! Escutei uma brusca freada. Agora tinha certeza. Estava sendo seguida mesmo! Quase que o animal foi atropelado.

Fiquei preocupada, pois se algo lhe acontecesse eu me sentiria responsável indireta e teria remorsos. Dizem que meu coração derrete a toa. Acho que têm razão.

Continuei andando e observando para ver o que aconteceria. Parei no jornaleiro e o rapaz logo me perguntou se aquele bichinho era meu. Olhei para trás e lá estava o danadinho e já abanava o rabinho como se estivesse me dando boas vindas, rsrs

Achei graça e naquele momento resolvi levá-lo comigo.Sorri e fiz-lhe um carinho. Muito esperto e cativante deitou-se no chão de barriguinha para cima. Dizem que fazem isso para nos dizer que estamos no comando. Ah!...Mas o mais interessante foi o que descobri! Era uma cachorrinha! O meu coração se encheu de ternura! Coitadinha! Agora mesmo é que não a deixaria na rua. Sempre quis ter uma, porém ainda não tinha conseguido.

Pedi para o Leo que me arranjasse umas folhas de jornal, pois ela estava suja e toda molhada. Seria para poder carregá-la no meu colo.

O rapaz ajudou-me a embrulhar aquela doçura. Peguei-a e que coisinha linda! O seu olhar parecia sorrir para mim de tão agradecida!

Acreditem, nesse domingo, voltei sem o pão quentinho, mas com uma amiga inseparável, fiel e incondicional. Até hoje agradeço aquele dia especial que me trouxe tanta alegria.

Ah, esqueci de dizer.Ela pra mim é linda apesar de todos dizerem que é muito feia.Eu a acho exótica. É espaçosa e muito simpática.

Na segunda-feira,quando a levei no veterinário para ver como estava de saúde e para as devidas vacinas,perguntei ao médico qual era a sua raça mais aproximada.Ao que ele me responde "SDS" . Curiosa perguntei o que significava.Ele me respondeu sorrindo:” SÓ DEUS SABE !” Rimos muito,pois é muito difícil mesmo saber o tipo de raça a que ela pertence! É uma "mistureba!" rsrs

No ano novo a minha amiguinha já estava entrosada com toda a família.Adora pular no colo das pessoas sem que se espere para ser acarinhada, ao que todos já falavam:”Lá vem ela!...Lá vem ela!"

Isso lembrou-nos a onda Tsunami, que tinha ocorrido depois do Natal e como ainda não tínhamos achado um nome inspirador para ela, ficou sendo “TSUNAMI” e com o apelido carinhoso de "Sussu".

Comparamos a onda com ela, só com a grande diferença que a nossa Tsunami, é uma onda de amor verdadeiro que chegou arrasando e amolecendo os nossos corações e é a mais amada deste mundo!

Te adoro minha Sussu do coração!