PERFIS MARIENSES (2) – Marcos Martins
O mariense Marcos Aurélio Martins de Paiva é, sem dúvidas, a maior vocação de político de que se tem notícia naquelas paragens. Ele trouxe de berço as atribuições básicas de um bom político: senso de oportunidade, paciência, serenidade, talento para negociações, misturado a um estilo de máxima gentileza com todas as pessoas. Isso ele herdou do pai, José Martins de Paiva, que tem uma sensibilidade especial para o bem tratar, a cordialidade.
O termo vocação vem do latim, vocare, que quer dizer "chamado". Assim, a vocação é um chamado íntimo de amor. Amor e prazer por um fazer que proporciona alegria e satisfação. Profissionalmente, quem atende ao chamado íntimo certamente desempenhará suas atividades vocacionais com bom ânimo e disposição, não apenas pela sua remuneração, mas pelo prazer de fazer o que gosta. Ouvir esse chamamento seria o ideal para qualquer ser humano que desejasse ser útil à sociedade na qual vive. Certamente Marcos Martins ouviu o chamado de sua vocação muito cedo na vida. Com 20 anos já era um vereador muito bem votado. Daí não parou mais. Foi prefeito de sua cidade por oito anos consecutivos e elegeu seu sucessor sem maiores dificuldades.
Na primeira gestão, Marcos Martins mostrou a excelência do seu trabalho, que trouxe como conseqüência o reconhecimento da população de Mari. Conseguiu ajustar a máquina administrativa, saneou as finanças públicas, realizou obras estruturantes de muita importância, e cuidou do seu povo com carinho e atenção, conquistando com facilidade a admiração de um público imenso que extrapola os limites do seu município. Por isso já se fala no seu nome para candidato a deputado estadual no próximo ano.
Na política, é fácil constatar a diferença entre um político por vocação e outro por profissão. A vocação política é uma paixão por um lugar, já que "política" vem de polis, que quer dizer cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. Político é aquele que cuida desse espaço. A vocação política, assim, está a serviço da felicidade dos cidadãos, os moradores da cidade. Dessa forma, um político por vocação é um apaixonado pela sua aldeia. Assim é esse moço de Mari, apaixonado pela sua cidade e seu povo, voltado para os problemas fundamentais de sua região.
Existem médicos por vocação e profissionais da medicina. Os primeiros exercem as atividades com amor e prazer. Sem necessidade de juramentos, dedicam-se a salvar vidas. Outros, mesmo sob juramento, geralmente, só atendem mediante prévio pagamento. Assim também os políticos. Os vocacionados ouviram e respeitaram o chamado interior, a tendência íntima, a vocação. Os demais são políticos por oportunismo ou outros motivos ainda menos nobres. Marcos Martins é da primeira espécie.
O pensador Max Weber escreveu um livro chamado “Política como Vocação”, onde realiza uma lúcida reflexão sobre as potencialidades e os limites da política, estabelecendo uma diferença entre o que é essencialmente político e o que é ideológico. Por essa linha de pensamento, não se pode dizer que Marcos Martins seja um elemento ideológico no mosaico que é a política. Como político que segue a cartilha do tradicional, não esquece porém os caminhos da política através de projetos de transformação em busca de uma vida melhor para seu povo.