SP0420AM

Lá vou eu de novo, por essas ruas sujas e escuras

Onde se vende o amor e acorrentam-se corações.

Restos de lixo e de sonhos juntam-se nas esquinas,

Enchendo-as com desiludidos, mendigos e tolos.

Lá vou eu de novo, esquivando-me da ignorância

Da mesmice, do comum, da chatice dos jornais

Que insistem em vender a mentira a preços baixos

Tão baixos quanto os que a fazem.

Lá vou eu de novo, tentando manter-me no jogo

Usando a máscara que nos deram na infância,

E que ao passar dos anos tormou-se indispensável.

Dispensável seria esse sorriso que trago no rosto!!!

Lá vou eu de novo, e de novo, não há nada.

Só as ruas sujas de sempre, as pessoas burras de sempre

A miséria, a dor, a pobreza.....

...de novo.