SE É CRÔNICA? NÃO SEI...
Há muito escuto falar sobre a seca no nordeste e embora tenha nascido na capital este fato não passou por mim despercebido. Meus avôs foram agricultores que enfrentaram este problema de perto e que mesmo contando com alguns privilégios, dispondo de mais recursos que outros não escaparam da cruel sequidão. Vejo que acontece hoje o inverso do que vi acontecer num passado ainda recente, quando lavradores lastimavam por plantações perdidas pela falta de água. Hoje eles ainda lastimam pela perda total ou parcial de seu árduo trabalho, só que não mais pela falta da desejada água mas sim pelo excesso dela.
São milhares de pessoas que continuam desnorteadas e sem a esperança de ver um dia seus problemas finalmente sanados.
Se assim continuar o desfecho será com certeza trágico, devido a chuva que continua a cair sem trégua por todo nordeste, sem que as autoridades nada consigam fazer a não ser proporcionar abrigos improvisados, doações de alimentos e roupas para as vítimas.
Tenho visto nos noticiários local o drama vivido por adultos e crianças. Alguns tentaram ou tentam salvar o pouco que lhes resta e acabam arriscando suas preciosas vidas em troca de bens materiais. Os mais infelizes foram arrastados pela força das águas e por elas levados de encontro à morte.
Ouvi um comentário feito pela esposa de uma destas vítimas, onde ela talvez por se achar em total desespero blasfemava contra Deus, culpando-o por toda aquela tragédia. Dizia que achava bom que Deus cessasse com a chuva e que ele já estava exagerando. Senti-me mal ao ouvir aquela declaração e fiquei a tentar imaginar como será o futuro da humanidade diante da descarada falta de fé.
Será mesmo Deus o causador de tudo isto? Ou será que essa culpa se atribui a bilhões de pessoas, incluindo eu e você que brincamos com a natureza de maneira ofensiva e que não a resguardamos?
Indignação é pouco quando deduzo que muitos acreditam no grande potencial que Deus tem em nos proporcionar passagens catastróficas e esquecem que o milagre da vida se deve somente a ele. Contraditório é acreditar que quem dar vida em contrapartida dar a morte. Desculpe mas não acredito...
O fato é que em casa,na escola, na rua, no bar, ou em qualquer outro lugar ouvimos falar sobre a preservação do meio ambiente e como qualquer assunto sem importância é esquecido ao dobrar a esquina. Não percebemos que uma atitude deve sem demora ser tomada para
que consigamos pelo menos amenizar parte do sofrimento do planeta .
Temos, portanto a incumbência de usar a terra de forma correta ou a natureza dará um jeito de valer seu direito. O direito de ser respeitada, mesmo que para isso seja necessário que algo inusitado e impossível para uma grande maioria ocorra.
Só tenho certeza mesmo de uma coisa, a de que não estarei aqui pra ver, e não sei dizer ao certo se gostaria ou não de estar presente ou mesmo se acredito que isto possa ocorrer.
E você? Acredita que haverá um dia que o sertão será transformado em mar e o mar transformado em sertão?
Reflita...
Eu particularmente não sei.
Há muito escuto falar sobre a seca no nordeste e embora tenha nascido na capital este fato não passou por mim despercebido. Meus avôs foram agricultores que enfrentaram este problema de perto e que mesmo contando com alguns privilégios, dispondo de mais recursos que outros não escaparam da cruel sequidão. Vejo que acontece hoje o inverso do que vi acontecer num passado ainda recente, quando lavradores lastimavam por plantações perdidas pela falta de água. Hoje eles ainda lastimam pela perda total ou parcial de seu árduo trabalho, só que não mais pela falta da desejada água mas sim pelo excesso dela.
São milhares de pessoas que continuam desnorteadas e sem a esperança de ver um dia seus problemas finalmente sanados.
Se assim continuar o desfecho será com certeza trágico, devido a chuva que continua a cair sem trégua por todo nordeste, sem que as autoridades nada consigam fazer a não ser proporcionar abrigos improvisados, doações de alimentos e roupas para as vítimas.
Tenho visto nos noticiários local o drama vivido por adultos e crianças. Alguns tentaram ou tentam salvar o pouco que lhes resta e acabam arriscando suas preciosas vidas em troca de bens materiais. Os mais infelizes foram arrastados pela força das águas e por elas levados de encontro à morte.
Ouvi um comentário feito pela esposa de uma destas vítimas, onde ela talvez por se achar em total desespero blasfemava contra Deus, culpando-o por toda aquela tragédia. Dizia que achava bom que Deus cessasse com a chuva e que ele já estava exagerando. Senti-me mal ao ouvir aquela declaração e fiquei a tentar imaginar como será o futuro da humanidade diante da descarada falta de fé.
Será mesmo Deus o causador de tudo isto? Ou será que essa culpa se atribui a bilhões de pessoas, incluindo eu e você que brincamos com a natureza de maneira ofensiva e que não a resguardamos?
Indignação é pouco quando deduzo que muitos acreditam no grande potencial que Deus tem em nos proporcionar passagens catastróficas e esquecem que o milagre da vida se deve somente a ele. Contraditório é acreditar que quem dar vida em contrapartida dar a morte. Desculpe mas não acredito...
O fato é que em casa,na escola, na rua, no bar, ou em qualquer outro lugar ouvimos falar sobre a preservação do meio ambiente e como qualquer assunto sem importância é esquecido ao dobrar a esquina. Não percebemos que uma atitude deve sem demora ser tomada para
que consigamos pelo menos amenizar parte do sofrimento do planeta .
Temos, portanto a incumbência de usar a terra de forma correta ou a natureza dará um jeito de valer seu direito. O direito de ser respeitada, mesmo que para isso seja necessário que algo inusitado e impossível para uma grande maioria ocorra.
Só tenho certeza mesmo de uma coisa, a de que não estarei aqui pra ver, e não sei dizer ao certo se gostaria ou não de estar presente ou mesmo se acredito que isto possa ocorrer.
E você? Acredita que haverá um dia que o sertão será transformado em mar e o mar transformado em sertão?
Reflita...
Eu particularmente não sei.