Nós também temos PAI
Não é querendo causar inveja a ninguém, mas Itabaiana tem um PAI – Plano de Aceleração de Itabaiana. Cumprindo o grato dever de me reportar ao citado plano, saliento que nosso PAI não é parente do famoso PAC – Plano de Aceleração do Crescimento – de Lula e sua partner, a senhora Dilma Rousseff. Nosso PAI tem características locais, cores e odores dos nossos interiores com sua indiscutível marca de originalidade.
O primeiro ponto do PAI – Plano de Aceleração de Itabaiana – é ligado ao vexatório episódio da interdição da ponte velha, condenada que foi a só servir para dar acesso a pedestres. Com o fechamento da histórica construção sobre o rio Paraíba, a ligação entre as margens opostas é feita mais adiante, com a ponte nova que dá acesso ao cemitério. Com isso, o motorista terá que acelerar mais seu veículo, daí a aceleração. Entenderam?
Registrando que no meio da estrada que liga Itabaiana ao distrito de Campo Grande existem várias crateras que impedem a aceleração dos automóveis e impõem uma súbita cólera no chofer desavisado. Este, ao ser atingido no sistema nervoso central por uma carga de adrenalina, tem seu coração acelerado, daí... Entendem?
Entre outros, tem um item do PAI que remete ao galo garnizé criado com muito carinho pelo famoso itabaianense Biu Penca Preta. Explico: Biu é um rapaz pacífico, pacato, cordeiro e manso. Sua mulher costuma brigar com o pobre rapaz quando ele chega meio triscado das noitadas nos cabarés, e por motivo tão fútil bota o pobrezinho pra fora de casa toda vez que isso acontece. Biu sai de casa pacificamente, que ele não é homem para discutir com mulher, mas faz questão de levar seu galinho garnizé de estimação que tem em casa. Daí vem o caso da aceleração: toda vez que o galo vê a mulher de Biu brigando com ele, já se deita no chão e põe as perninhas pra cima. Por que esse comportamento tão anti-galináceo? Para ser amarrado e seguir com seu dono com destino às incertezas da vida. Isso significa aceleração do reflexo condicionado.
Compreenderam? Nem eu...