Crônica do Nada.
Hoje me perguntaram:
- Em que você está pensando?
Distraída respondi:
- Em Nada.
Depois fiquei pensativa e até mesmo achei engraçado, como pode alguém pensar em nada.
Que nada seria este que liga os pensamentos, outrora soltos vagando pela mente?
Concluo que o nada seria tudo.
Mas o que seria tudo? Ficou cada vez mais complicado de eu mesma conseguir entender.
Se tudo e nada são a mesma coisa, então nada é tudo e tudo é nada.
Hum! Lembrei-me agora de um conselho que recebi há muitos anos atrás: Equilíbrio.
Mas que conselho foi este de apenas uma palavra e já me pego novamente divagando, pensando o que viria a ser equilíbrio, seria este o meio termo entre tudo e nada?
Ai, mais uma dúvida, melhor mesmo parar de querer entender tudo.
Olha o tudo de novo presente... entender tudo, mas o que seria tudo.
Chego à conclusão que tudo é metade do nada, eis o equilíbrio.
Mas...se nada é nada, nada teria como se dividir em duas partes ?
Duas partes de nada?
Partes eu sei que é uma fração de algo inteiro, de um todo, todo, tudo...
Todo é tudo ?
Complexo...
Quanto mais eu analiso menos entendo, menos chego ao ponto, ponto este que sinceramente já não sei mais do que se trata.
Melhor mesmo voltar ao princípio de tudo.
E qual seria o princípio de tudo?
Simples resposta: Continuar pensando em nada.