Anedotário político de Itabaiana
ZÉ BODINHO
Severino Duré, que morreu com o sonho de ser prefeito de Itabaiana, encarregou um cabo eleitoral por nome de Zé Bodinho para preparar um comício no bairro do Cochila, no pátio da “Mãe Pobre”, cenário de toda manifestação política da cidade. Quando Severino Duré chegou no local do comício, não encontrou nenhuma pessoa na praça. Chamou Zé Bodinho na “grande”:
- Zé Bodinho, filho de uma cabra!
- Diga, futuro prefeito!
- Futuro prefeito uma ova! Cadê o meu comício?
- Tudo pronto, seu Severino. Está aí o palanque, o som, a iluminação, e a banda chega já.
- Ta bem, Zé Bodinho, mas e o povo? Cadê o povo, Zé Bodinho?
- Ah, seu Severino, se eu também tivesse o povo, o candidato seria eu!
O BANQUETE
Severino Ramos da Silva, conhecido por Galego da Prestação, foi prefeito de Itabaiana. Convidado para um jantar em casa de um influente político paraibano em Brasília, o prefeito, que também era conhecido pelos seus dotes gastronômicos (não por saber cozinhar, mas por ser bom de garfo), experimentou todas as iguarias finas postas à mesa.
Chegou em Itabaiana elogiando o banquete. Garantiu que a comida mais fraca e menos saborosa era um tal de “guardanapo”, mesmo assim ele ainda conseguiu comer três...
Segundo ele, a comida tinha gosto de papel...
A ZEBRA
Era o ano de 1982. José Gomes, conhecido por Zé Crente, eterno candidato a vereador, derrotado em todas as eleições. Diziam que ele era tal qual o time pernambucano do Íbis: só não perdia quando não jogava.
Pois bem, um dia encontraram Zé Crente eufórico. Perguntado o motivo da animação, ele explicou:
- É que esse ano ta tudo dando zebra: o Brasil perdeu a Copa do Mundo, o Corinthians foi campeão, é capaz de me elegerem vereador...