A praça
Um pássaaro pousado na árvore. Um homem sentado no banco.
O pássaro observa o homem. O homem olha intrigado o pássaro.
Por um segundo eles se compreendem.
O pássaro alça seu vôo, tem suas batalhas diárias, suas lutas infindáveis, com a despreocupação usual de quem não teme, e rasga o céu voando tranquilo.
O homem enfim se levanta e caminha pensativo, tem os juros bancários, a folha de pagamento, suas contas infindáveis e suas lutas diárias. Tem menos um dia pela frente.
O homem sabe, gostaria de ser pássaro.
O pássaro sabe, acha um retrocesso ser homem.