HORA DE FAZER

Encontramos em tudo que é livro de auto ajuda que é preciso arrumar um tempo para tudo. Não é bem assim, mas certamente existe tempo para as coisas principais do dia a dia, tanto aquelas tangíveis, principalmente as que visam a parte econômica e material da vida, quanto as coisas que estão mais ligadas ao nosso emocional. Considerando a vida apenas pelo plano racional e não religioso da coisa, ou seja, essa, dos pouco mais de setenta anos que agora vivemos, notamos que de fato, ela é muito curta mesmo, na verdade são poucos anos, basta olhar para trás, tudo parece que foi ontem, seja um, dois, ou cinquenta anos. Se a gente deixa de fazer alguma coisa agora, pode não dar tempo para fazê-la depois, pois quando vai se ver, passou da hora e ai não adianta lamentar. Se eu tenho vontade de dar um beijo num filho, então que eu vá lá e faça, se for um agrado, um carinho, uma palavra amorosa, por que não fazê-lo imediatamente? Quanta coisa se pode mudar? Quanto rancor guardado, quanta raiva desnecessária por falta da iniciativa de se fazer aquela coisa na hora em que se teve vontade de fazer. Guardar para depois é sempre muito arriscado, pode não haver espaço para tanto e variado sentimento em nosso arquivo emocional e ai, dada a superlotação, o arquivo quebra, desmonta, a cabeça ferve e o nosso coração pifa. Esse texto é um aviso para mim mesmo, acordei pensando no assunto e resolvi coloca-lo no papel, é simples, muito já se falou sobre ele, mas ele serve como um alerta, uma lembrança de alguma coisa que você já leu, de algo que já te disseram, ou mesmo, que você já pensou fundado em suas experiências de vida, há muito tempo atrás, ou talvez, que sabe, há alguns minutos.