"Bala perdida"
Realmente, “a coisa tá braba”, como diria o caipira; está periclitante, como diria o esnobe; na verdade a situação está mesmo é catastrófica, em termos de segurança pública. Conseguimos chegar ao ponto limite da selvageria urbana, pouco faltando para atingirmos o estado de guerrilha desenfreada! E, o que é pior, mesmo com a interferência constante do estado, a tendência de aumento da violência continua, transformando os sentimentos de apreensão e medo em horror e estresse, o que desestrutura totalmente a qualidade de vida das comunidades e do país.
As autoridades governamentais têm a “solução” para tudo isso, e estão despendendo muito tempo e recursos em profusão, certos de que essa é uma “guerra ganha” pelos “mocinhos contra os bandidos”, e partem para ações de truculência, com demonstrações de força bruta, regadas de muitos discursos inflamados, que não passam de palavras jogadas ao vento. O resultado de tudo isso tem sido desastroso ao extremo, com a instituição do caos urbano, aumentando o número de vítimas de “balas perdidas”, no meio de tiroteios diários, causando também um número considerável de mortes de policiais, em confronto com o banditismo. Não existe qualquer solução possível à vista, dentro dos padrões de cultura e civilismo atuais, o que nos deixa em posição de impotência e desespero, chegando à descrença até da existência do Supremo Criador! Partindo daí, só resta o fim, ainda mais que existe uma quantidade infinita de religiões e seitas sendo criadas por todos os cantos e que não estão mostrando a que vieram, já que, mesmo assim, a coisa “tá braba”, periclitante e catastrófica, piorando cada vez mais
Tudo fica claro como água cristalina quando quebramos o paradigma do materialismo puro, que grassa perigosamente em todo o território mundial, ou seja, desde o momento em que deixarmos de agir como “deuses”, ou como “senhores da verdade”, e dermos asas para o nosso sexto-sentido entrar em ação, abrindo nossos olhos para a espiritualidade das coisas e das pessoas, a solução aparece como que em um passe de mágica. Se entendermos que é o mundo invisível que dita os destinos dos moradores deste planeta, podemos concluir que os acontecimentos que nos atingem, a qualquer momento, sejam eles bons ou maus, demonstram em que nível espiritual nos encontramos e a quantas andam nossos débitos e créditos com o Divino, nada mais do que isso.
As ações negativas (desonestidade, ganância, egoísmo etc.) são registradas, infalivelmente, em nossa espiritualidade, lógico, criando e aumentando nosso débito espiritual, até o chegado momento da cobrança, que se manifesta simplesmente como todo e qualquer tipo de sofrimento, vindo do nada. Ao contrário, nossas ações positivas (honestidade, parcimônia, altruísmo etc.) criam e aumentam o crédito, trazendo ações de graças meritórias e geradoras de felicidade - _Dois mais dois sempre serão quatro, até o final dos tempos.
Pois muito bem, vou deixar no ar algumas questões para serem digeridas por aqueles que realmente estão interessados em analisar toda essa barafunda mundial, pelo menos em nome da preocupação em deixar um legado aos seus descendentes, que seja menos preocupante, perigoso, desastroso e terminal do que estamos constatando nos dias de hoje, com a tendência de piorar, e muito.
_É possível imaginar-se alguém, que não seja ateu, mesmo não pertencendo a qualquer organização religiosa, admitindo que possa haver ações injustas, cometidas por entidades divinas, ou mesmo pelo próprio Criador? ¬_Alguém, que não seja ateu, tem o direito de achar que a bandidagem, a corrupção, o vandalismo e tudo mais fogem ao controle de Aquele que comanda o Universo? _Será muito difícil, para o não ateu, entender que quaisquer ações, sejam elas negativas ou não, não tenham a mínima chance de passarem ao largo da onisciência do Todo-Poderoso?
O “acaso” da bala perdida só pode existir na cabeça do descrente e do perdido no mundo!