BUSCANDO CAMINHOS
Criança não nasce do asfalto, por isso não é de rua; tem família sim estruturada ou não, biológica ou adotiva. O que existe é uma grande ociosidade, uma grande baixa estima, quase nenhuma oferta de possibilidades deles sonharem com um futuro diferenciado à maioria dos excluídos.
Acima de tudo o exemplo negativo dos pais e familiares que não trabalham formalmente, vivem de bico para sustentá-las. Como não ir para as ruas, com a falta de alimentos e condições mínimas de sobrevivência nos seus lares ?
Que futuro vislumbra este adolescente quando a oferta da Droga, o crime, a picaretagem o não trabalhar é que dá status ?
Como será que é à aceitação do 1º emprego que o programa oferece a cada adolescente o equivalente a R$ 150,00 mensais, se realmente o primeiro emprego foi oferecido muito antes pelo 4º setor que é narcortráfico com salários polpudos que chegam a R$ 300,00 semanais, sem as exigências de escolaridade ou cursos profissionalizantes, desrespeitando também o E.C.A.?
Precisamos repensar as políticas públicas e mudar o modelo que aí está.
Nas Ong´s nos preocupamos muito com a alfabetização, oficinas, pedagógicas, de artesanato, artes, iniciação profissional, obviamente oficinas importantes.
Porém deveríamos investir mais em oficinas de vida (que ensinassem a busca da autonomia, da cidadania do amor ao próximo, dos limites) onde a pedagogia empregada seria a da presença, saindo das quatro paredes das salas de aula para atividades extra-sala, ao ar livre fugindo da entediante rotina que tanto as crianças e adolescentes abominam.