Liberdade, conversa de doidos... (Aléquison Gomes)

É comum, ouvir regularmente, em quase todos os meios sociais, as pessoas falarem em “liberdade”. Essa palavra já virou doçura poética na voz dos viventes desassossegados! Querem liberdade, pedem liberdade, fumam liberdade, cantam liberdade. Mas, isso é apenas uma mentirinha para enganar a Vida.

A verdade é uma só: As pessoas não querem ser livres, nunca quiseram!

O que procuram sempre é algo a que se apegar na medida desesperada de se preencher como pode

Um bode expiatório como escape para os seus vulcões obsessivos e sua total e disparada incapacidade de assumir a fraqueza, tomar o seu rumo e em fim: se acertar como pessoa, como ser Humano!

No meio religioso principalmente, o que vejo é justamente isso!

Uma necessidade adoecida de se entregar aos braços de qualquer um que leve na sua bagagem um catálogo de promessas fantasiosas e apetitosas a um ser acostumado com o sabor dissoluto da enganação!

E neste processo, se constrói um palco de transferências de responsabilidades, incapacidades e indefinições próprias.

Miseráveis homens do acovardamento!

Engaiolados e acostumados a namorar apaixonadamente as grades da Jaula

Se for isso que escolheram tudo bem, respeito à decisão.

Mas só lamento por saber, que pessoas assim, nunca poderão provar o vento teimoso no rosto, jamais saberão o gosto das incertezas e as esferas das teatralidades do andar desprovido da ansiedade de se querer controlar o amanhã!

Um dia Jesus Cristo, disse algo acerca da libertação

E segundo Ele a aliada da liberdade é justamente a verdade!

Mas, os homens não querem a verdade, ela é dolorosa! Preferem o escárnio da omissão, essa sim, responde com mais facilidade as supérfluas necessidades da vida!

Mas, como já dizia o poeta Rubem Alves,“somente pode gozar a liberdade aqueles que têm coragem”

E lamentavelmente esse número é muito pequeno!

O que a gente vê, são sempre os mesmos heróis de araque, com belos discursos e trajes de homens grandes. Mas, na hora do “vamos ver” são os primeiros a se engasgarem com as fagulhas pontiagudas das inseguranças da decisão, ai voltam a trás, descobrem que trancados estavam mais seguros, amarrados se machucavam menos!

E assim, a vida vai tomando seu rumo!

Presos, livres, fracos, fortes, frágeis, firmes... Cada um com sua prisão, cada qual com seu mundo de possibilidades ou de empedramento eterno do ser. Caminhando lentos, frios, e céticos para a mesma direção!

Aléquison Gomes