DIA DAS LETRAS GALEGAS

É costume, na Galiza (este território da Lusofonia dominado pela hispanofonia do Reino "bourbónico"), celebrar (sic) cada 17 de maio o DIA DAS LETRAS GALEGAS. Poderia ser denominado «Dia das Letras Portuguesas na Galiza», mas pareceu mais breve o título costumeiro.

Foi em 17 de maio de 1863 que Rosália (ou Rosalia) Castro publicou o seu primeiro poemário no português da Galiza; intitulou-o 'Cantares gallegos'.

E foi no centenário dessa edição, em 1963, que se começou a evocar a memória de escritores galegos, nados na Galiza, embora a produção literária em "galego" fosse muito desigual de uns a outros.

É costume também nessa data o facto de gente, mormente nova e conscientizada (também em grau diverso), se manifestar pelas ruas da cidade compostelana para reivindicar a identidade não "española" do idioma galego e sobretudo para exigir das autoridades "españolas" desse reino "bourbónico" que deixem de procurar o extermínio dos usos de Galego.

Porque essas autoridades, sob pretexto de convidar ao exercício da "liberdade" democrática, na realidade o que perseguem é o apagamento da Galeguidade lusófona na Terra que foi berço do Português.

E fazemo-lo em procissão profana pelas ruas desta cidade levítica. Este ano, esta manhã, pareceu-me que Prisciliano, o martir feminista e galego, nos abençoava envolvendo-nos redondamente nas águas lustrais do céu clemente.

Não sabemos bem, mas dizem que quase seja certo não ser Santiago, o Tronador, o achado no campo das estrelas, mas Prisciliano, bispo e degolado por ser excessivamente galego...