A Farra dos Deputados com as passagens aéreas.
Tenho acompanhado através da imprensa e meios de comunicação em geral, sobre a Farra das Passagens aéreas. Os senhores deputados aproveitam as passagens aéreas a qual tem direito para realizar viagens de lazer com a família ou sem, com amigos ou simplesmente cedendo um pouco dessa verba para parentes e conhecidos. O deputado Vieira da Cunha, por exemplo, aproveitou e viajou com sua mulher para o exterior. Não só ele, mas muitos outros. Falo do Deputado Vieira da Cunha porque o conheço, foi o mais jovem procurador do Estado do RS, é trabalhador e acredito também que seja homem honesto. Mas ai entra a questão que eu desejo abordar. Nos, aqui no Brasil vemos o estado como algo separado. Não se vê o estado, o governo como parte do povo. Melhor dizendo, o povo não se inseriu dentro do estado. Então é fácil utilizar os benefícios do estado em proveito próprio. O que custa viajar para Roma, Madri, Paris se não vou ser eu quem vai pagar, mas sim o estado? Errado, somos nós sim que pagamos a conta através de impostos. Não pode existir essa separação. Certa vez levei a minha mãe a um hospital Municipal e o médico nos disse - todos os exames são gratuitos. Eu respondi ao médico que nada daquilo era gratuito, tudo era pago com os impostos de milhões de brasileiros. Nos mesmo meio de comunicação que li sobre a "Farra das Passagens", constava que a Deputada Luciana Genro também havia se aproveitado dos benefícios cedendo passagens aéreas para o Delegado Protogenes dar uma palestra sobre a corrupção aqui no Rio Grande do Sul. No meu ponto de vista a Deputada tomou uma atitude correta, pois nada melhor do que alertar o povo sobre a corrupção (embora existam controvérsias sobre a postura do dito delegado). Ela utilizou sua verba em prol da coisa pública. No entanto, sua companheira de partido, Heloisa Helena, usou sua verba, na época em que era senadora da república cedendo passagens aéreas para seu filho. Nesse processo não escapou quase ninguém, nem mesmo um dos mais sérios e respeitáveis Senadores da República, Eduardo Suplicy que confessou ter financiado viagens ao exterior à sua namorada, com a verba do congresso. Nós vivemos em uma fase de esmolas. Imploramos por melhores escolas, imploramos por um sistema social mais justo, imploramos que o sistema de saúde funcione. Nossa visão de mundo tem que ser ampliada. O governo gerencia o dinheiro adquirido através de impostos, o governo não é dono do dinheiro. Através dos impostos coletados damos um aval para que essa verba seja corretamente utilizada. Mesmo pessoa esclarecida como o Deputado Viera da Cunha, Heloísa Helena ou o próprio Suplicy acabam entrando na "festa". Nesses últimos oitos anos acredito que tenhamos tido os melhores tempos de todos em nosso país, pois todas as falcatruas e a má utilização do dinheiro público têm vindo à tona. Isso é fundamental para se viver uma nova era. Acabar com o que não nos serve mais, limpar a casa e começar uma nova vida. O governo somos todos nós, nada é grátis. A conta de todos os desvios da verba pública chega a cada um dos brasileiros com valores altíssimos, basta verificar a tragédia da previdência com os valores pagos aos aposentados. Isso ocorreu e ocorre porque o dinheiro da Previdência Social foi desviado para inúmeras coisas menos para melhorar a vida dos aposentados. Porém, todos esses acontecimentos indicam uma nova visão na maneira de pensar do povo brasileiro, estamos deixando de lado nossa submissão aos políticos e assumindo o lugar verdadeiro que nos cabe, que é de beneficiários de um sistema politicamente correto e socialmente justo.