Até que a formatura nos separe!
Cazuza realmente foi genial quando compôs aquela música que dizia: "...o tempo não para", na verdade nem sei se foi ele mesmo que pensou essa letra, mas enfim, é muito louco a gente olhar para trás e ver como as coisas mudam, principalmente as nossas amizades.
Esse fato é gritante depois dos tempos de faculdade. Quem teve a oportunidade de passar por um curso desses de longo período, sabe bem o que estou dizendo. Hoje eu sei que as coisas já mudaram um pouco, com essa história agora de " à distância ", os amigos de faculdade não devem ser tão próximos. Mas, no meu caso foi até trumático(drama). Era um grupinho tão chegado, tão grudado, foi de cara, no primeiro dia de aula. Na verdade foi graças ao cigarro mesmo, em cada intervalo formava a turminha do cigarrinho regado a muito papo.
Mas de todos os fumantes ali, quatro se tornaram inseparáveis e, depois com o decorrer do curso um não-fumante também se agregou à "panelinha", agora eram cinco, quatro homens e uma mulher. Todos com idades e cabeças muito diferentes.
Nas mesas dos bares, depois de discussões graves, vinha sempre o pedido de perdão e as juras de amizade eterna. É até ironico pessoas pensarem tão diferente e se entenderem bem como a gente se entendia. Na faculdade intermináveis resenhas, os imensos fichamentos, as provas em dupla, era uma cumplicidade, uma ajuda mútua, um pelo outro, cinco nomes na lista depresença com a mesma letra, mais um nome a caneta no trabalho digitado, era assim.
Fora dali a coisa cotinuava, churrascos e mais churrascos, cervejada pra tinta dias.
No fundo a gente já sabia que ia ser assim, depois que forma cada um segue seu rumo, mas teimávamos que nós não, iamos continuar amigos próximos. O que não aconteceu claro.
Esses dias encontrei um amigo por acaso, e nosso contato se resumiu a um balanço de cabeça.
Mas não me espanta isso, a vida é assim, o tempo não para, pessoas vão e vem, poucas são as que perduram em nossas vidas.
Tá bom, pelo menos um dos cinco amigos inseparáveis ainda continua na minha vida. Talvez porque seja minha vizinha.