Vamos pra praia!

O tema agora é a praia. Sei que boa parte das pessoas gostam desse ambiente. Algumas podem preferir o mato, mas gostam da praia. Gostam de ficar feito bife à milanesa, com o cabelo duro e grudento que o sal marítimo paira sobre nós.

Sim, vamos à praia beber e beber sem ter a sensação que estamos bêbados. Vamos esquecer o protetor solar e ficarmos vermelhos feito camarão. Vamos inclusive, comer o camarão e descobrir que temos alergia. Vamos sem querer beber água do mar e pegar virose! Pisar na conchinha pontiaguda e furar o pé. Tudo bem, está tudo bem. Isso são fatos isolados que não importam.

Ahh... A praia... Você esta há três anos sem ir à praia...

Mas agora você vai!!! É sol, é água de coco! É picolé de uva, de uva! Eu adoro picolé de uva. Não é de limão, nem de morango e sim de uva! Mas aí o sabor do picolé é você quem define.

Coloque o isopor no carro, as cervejas, os fandangos e o frango assado que eu quero é farofar! – Pensa alguém, não eu. Porque eu não farofo na praia.

Mas o sol não é amigo. O sol não compareceu. Ele só cumpre o seu cargo de soltar raios ultravioletas quando você está em São Paulo, indo trabalhar, grudento, suado, no ônibus e aquele leve aroma de cecê com perfume. Ah o SOL!

O sol foi ver a lua...

Você, anos e anos esperando por esse momento. Você acorda, coloca seu biquíni e sua saída de banho bem verãozão e vai tomar seu café da amanhã.

O quê? Não, que nada! Embora os meteorologistas tenham dito que hoje estaria nublado e chovendo, o sol vai sair. Os meteorologistas não sabem de nada.

E lá vamos nós para praia felizes. Cabelos ao vento congelante. Seus dentes batem, mas você sorri como se nada estivesse acontecendo.

Seu guarda-sol sai voando, e os pêlos do seu braço já se arrepiam. Esse ventinho bobo não me intimida. Na verdade esse ventinho é tão bobo, que não intimida nem eu e nem aquelas outras pessoas que estão ali também. Inclusive essas pessoas até sorriem para mim de volta. Vamos logo pegar a cerveja pra esquentar! As crianças brincam na areia. Parece que aquela nuvem gigante negra está indo embora. Isso é que ter energias positivas, é o que eu sempre digo. Você ouve um barulho muito parecido com um trovão, mas coloca a culpa no seu tio gordo: - Pô tio, pare com isso!

Até que o solzinho aparece. Lá de longe, bem tímido. Pronto, que alegria! Eu sempre soube que o sol apareceria. Ele jamais me deixaria na mão. É hora de ir pro mar! Você coloca seu pezinho na água. Gelada? Que nada, está uma delicia! Venha você também. Quando a onda bate na bunda então, opa! Só deu um friozinho porque o corpo não está acostumado, logo, logo se acostuma. Você até gosta disso. E não é que apareceu mais pessoas na praia? Ta vendo só? É um dia bem feliz.

Nem pensar em voltar pra casa para almoçar, o legal da praia é comer aquele pastel de 1,00 do tiozinho ali. Mas o seu filho quer aquela lagosta cara que ele nem sabe se é gostoso.

Até que chega meio dia, e o sol vem com mais força. A praia lota mais um pouco. Você esquece que mesmo o sol estando fraco, ele queima. E fica com a marca do óculos no rosto. Ah, é para mostrar para todo mundo que eu fui para praia.

Agora parece que o tempo está virando, não sei, será? Acho que não, acho que foi o tio gordo de novo. E esses pingos? Do céu? Não, é do mar, claro! Ta com mais força, mas eu ainda acho que é do mar. Ah, é chuva? Então vamos esperar embaixo do guarda sol. Pronto, venha para o aconchego que já, já a chuva passa.

Aí você vai embora da praia, tira várias fotos legais. Bonitas, embaixo da árvore, no mar, na areia. Foi legal vai... Tinha um pouco de vento, mas estava de boa...

Fazia tanto tempo que não ia pra praia... Sempre vale a pena...

Segunda feira você volta a trabalhar. Regata, calça jeans e um sapato. Você soa, as pessoas soam... Que calor insuportável faz hoje! Trinta e um graus.

Carolina Hanke
Enviado por Carolina Hanke em 16/05/2009
Reeditado em 25/07/2012
Código do texto: T1597816
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