AS MÚSICAS DO REI
 
Dizem, e em altas rodas se comentam que criança tem realmente uma memória tão invejável, que muitos ainda hoje duvidam que eles tenham. E por um momento, até mesmo comigo mesmo pude certamente comprovar. Não que eu queira dizer que depois de adulto minha memória seja exemplar, pois o certo é que por muito tempo quero lembrar algo que aconteceu há pouco tempo, e eu não chego ao que realmente quero.

Portanto, dando seguimento ao assunto e dando ênfase a memória de uma criança, começo aqui a expor o que há alguns segundos vim recordar. Naquela época, nos meus dez anos de idade, no ano do tricampeonato conquistado pela nossa seleção canarinho, eu moleque ainda cheirando a leite, nada de repente poderia entender se muitos traziam consigo uma má ou boa índole, e que danado por certo viria a ser isto.

Contanto que com o passar do tempo, por curiosidades, vim saber do que se trata, e que índole nada mais é , o caráter, o temperamento que em particular cada um de nós trazemos e que nos distingue um do outro. Pois bem, por isso que eu não poderia entender, e nunca imaginei o porquê, já quando estava com meus dezesseis anos, já na oitava serie do ensino médio, aconteceu um fato que até hoje trago comigo, mas que nunca vim entender por qual motivo, matou o amigo que gostava unicamente de cantar as músicas do rei Roberto Carlos, e que a qual ele mais gostava de cantar, era aquela que o seu ídolo ganhara o festival de Sam Remo. Nesta época este crime fora oriundo de crimes passionais, muitos visto que o rapaz cantava para alegria de todos com musicas, bem românticas numa poética agradável a e que muitas mulheres deliravam.

Motivo não se sabe por qual o estranho assassino acabou com a vida do menino. Muitos nem sequer imaginavam que tal coisa viesse acontecer, já que todos gostavam de ouvi-lo tocar e cantar.

Portanto, o que mais me chamou a atenção, fora quando  convidado por um amigo já nos meus dezoito ou dezenove anos   de idade a trabalhar na função de oficial de justiça na minha cidade, e sendo assim participei do julgamento daquele que até hoje não entendi na realidade por qual motivo ele acabara com a vida daquele cantor, ou se o motivo era de cunho particular ou mandatário por algum nobre que mandava fazer e acontecer na nossa comunidade.

E assim tenho ciência que quando somos meninos registramos tudo, por isso é que recordo destes momentos ao me deparar frente a frente com acara do ignóbil assassino.