ENE VEZES
Ene vezes tentei te entender, cálculos errados, não entendendo que preciso me conhecer primeiro, primeira-mente. Primeiro a mente, depois, o corpo, exercitar os neurônios, e suas conexões desconexas.
Se perco a razão, encontro a emoção, o prazer de viver, e não vou fugir das obrigações, vou fugir da ignorância, do preconceito.
Quero encontrar amizades e fraternidades neste século, ciclo, giro eterno do Eu e da Universalidade em volta do imaginário, da busca por respostas que não poderão ser respondidas neste espaço de tempo, nesta brevidade.
Tudo começou assim, como se não tivesse acontecido, nada. É sempre assim, forço a barra, atropelo os pensamentos.
Não expliquei nada para mim mesmo na intenção de esquecer tudo, deletar.
Impossível, o cérebro é capaz de tudo, relativa-mente, menos esquecer.
É físico, matemático, metafísico, astronômico o volume de informação, o ataque surreal de pensamentos que nem foram convidados, que nunca tinham vindo para estas bandas. Pensamentos que aparecem do nada e querem tudo, o domínio completo. Completa ilusão.
Depois de ontem, hoje, não sofra pelo amanhã, nem eu nem você merecemos tal melodramático ato teatral em praça pública, me poupe.