ENE VEZES

Ene vezes tentei te entender, cálculos errados, não entendendo que preciso me conhecer primeiro, primeira-mente. Primeiro a mente, depois, o corpo, exercitar os neurônios, e suas conexões desconexas.

Se perco a razão, encontro a emoção, o prazer de viver, e não vou fugir das obrigações, vou fugir da ignorância, do preconceito.

Quero encontrar amizades e fraternidades neste século, ciclo, giro eterno do Eu e da Universalidade em volta do imaginário, da busca por respostas que não poderão ser respondidas neste espaço de tempo, nesta brevidade.

Tudo começou assim, como se não tivesse acontecido, nada. É sempre assim, forço a barra, atropelo os pensamentos.

Não expliquei nada para mim mesmo na intenção de esquecer tudo, deletar.

Impossível, o cérebro é capaz de tudo, relativa-mente, menos esquecer.

É físico, matemático, metafísico, astronômico o volume de informação, o ataque surreal de pensamentos que nem foram convidados, que nunca tinham vindo para estas bandas. Pensamentos que aparecem do nada e querem tudo, o domínio completo. Completa ilusão.

Depois de ontem, hoje, não sofra pelo amanhã, nem eu nem você merecemos tal melodramático ato teatral em praça pública, me poupe.

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 13/05/2009
Reeditado em 05/05/2015
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