HOJE NÃO DARIA GRACIAS A LA VIDA
Que me perdoe Mercedes Sosa, mas hoje não faço coro para a sua canção Gracias a La Vida, faço sim, para Carlos Gardel y Julio Sosa com a sua Balada para um Louco. Hoje não corro atrás do Caetano,não sairia de mim uma só palavra de sua Alegria, Alegria, mas sim, corro atrás de Zaratustra, dizendo coisas inexplicáveis e sem nome que constituem o tormento de minha alma – minha e dele - e o que é também a fome das minhas entranhas – minha e dele - E a minha vontade é sair do Reino da Morte e continuar correndo atrás de Zaratustra pelas montanhas e pelas selvas buscando sem cessar um recompensa por este dia – meu e dele - que começou tão mal! Mas aonde buscar tal recompensa? Nos rabiscos de todas as mesas e paredes que esta minha mão de louco produz? Pobre escrita minha... Pobre de mim que não passo de uma enfastiada do mundo.
Assim falou Zaratustra – eu e ele -
Ora pois, pois, cadê a Maria Olímpia para eu explicar a minha “catarse”? Certamente ela diria: como pode? Ontem dita e hoje desdita? E eu direi: ô Maria Olímpia, isto não foi por acaso, foi por conta de uma ação desmedida, uma descarga emocional provocada por um drama. O que faço agora é uma purgação da alma, a tal da “catarse”, coisa de grego, segundo explica o “seu” Aristóteles. Amanhã, por certo, cantarei glórias e darei louvor... a quem mesmo...? Se Malu estivesse por perto diria: ao Senhor Jesus, Zélinha, ele te ama e eu diria AMÉM.