Recanto das Letras! Fonte que Sacia a Alma!
Recebi um e-mail de um turista que desejava subir o Pico do Itam-
bé. Após um breve diálogo, acertamos todos os detalhes e combinamos a data de mais uma aventura.
Numa sexta-feira, primeiro de maio, feriado nacional, chega aqui em Itambé, um simpático casal. O turista do e-mail e sua simpática esposa. Ele aparentava com vigor, uns 45 anos e ela, com tez morena
e bela, sorriso contagiante, presumia-se umas 37 primaveras. Senti u-
ma grande harmonia entre eles.
No ensejo dos cumprimentos e apresentações, eles pediram que os chamassem de Neandher e Cabocla respectivamente.
Eu os recepcionei em minha humilde e acolhedora casa,como sem-
pre faço com os turistas conectados. À noite no terreiro,em volta da ardente fogueira que nos aquecia do frio ao sopé da montanha, tecemos uma boa prosa: Espiritualidade, Astrologia, Astronomia, Músi-
ca, Esportes, Literatura, Natureza...O suficiente para interagirmos e estreitar a nova amizade que em volta da crepitante fogueira nascia e
se consolidava entre Eu, a Narley minha esposa e o casal visitante,
Neandher e sua esposa, a linda Cabocla. Empatia natural vinda do astral.
Pela madrugada, às três horas, ainda sobre o místico brilho da lua crescente, de magia transcedente,com o céu salpicado por astros cin-
tilantes, de vez em quando caía um meteorito -Estrela cadente para alguns. Lógico! Imbuídos da crendice popular, cada um fazia o seu aus-
picioso pedido. Pegamos as mochilas e cajados; tiramos uma palavri-
nha mágica, numa sacolinha de ponto de cruz. Uma espécie de ritual
Que fazemos antes e depois de cada caminhada para ir meditando no
caminho, sobre a palavra que tirou espontâneamente. A sequência das
Palavras de ida, foi: Welinton(Paciência), Narley(Cautela), Neandher(E-
quilíbrio) e Cabocla(Prudência). Estava iniciado o ritual...
Começamos a subir a trilha com o objetivo interno e coletivo de a-
tingir o topo da Montanha Sagrada:O Pico do Itambé.Tendo como bús-
sola, a paciência do norte, a cautela do sul, o equilíbrio do leste e a
prudência do oeste.
O Nascer do Sol foi às seis horas, já estávamos na lapa da Mira-
gem. Um espetáculo cosmicamente inefável!
Em cada parada uma mensagem divina, ora era um beija-flor que ruflava pairando no ar, ou a brisa que nos refrescava trazendo alento da Mãe Natureza. Parávamos para vislumbrar com uma orquídea selva-
gem e uma bromélia rupestre, que nos davam boas vindas. Boas vindas
que eram reforçadas nas curvas vaginianas da dulcíssima e feminina
camptosema.Como não observar a cena rara de uma Drosera Montana-
Uma planta carnívora que tirava o desjejum com um inseto descuidado.
Em alguns locais, uma paradinha para um gole d'água. Só que a alma
pedia mais, intrigantemente sempre queria mais...
A cada passo o topo se tornava mais próximo, crescia à nossa frente. A cada passo uma nova mensagem que vinha de dentro, desde
a nossa mais remota ancestralidade até a mais futurista existência...
Tomamos um gélido e curativo banho matinal, numa altitude de 1500
metros, na pia de batismo e na banheira do floral...Minutos depois, um
momento de conexão com o Divino, na gótica Catedral da Montanha.
Já se passavam das nove horas da manhã, quando o Sol, divino
astro Rei! Começou a irradiar seus hercúleos raios. Ainda bem que faltavam somente alguns metros para a chegada.Atravessamos a pon-
te do Rebentão que une a base ao topo, é como se fosse o pescoço
que interliga o corpo à cabeça. Estávamos bem hidratados, todavia a sede da alma era constante.
Após os derradeiros esforços, chegamos! Atingimos o topo com
paciência, cautela, equilíbrio e prudência. Naquela cósmica visão de 360º, contemplamos extasiados o mar de montanha das Gerais. Linda
Minas Gerais!
Fizemos os agradecimentos pela chegada triunfante, reunimos em círculo dentro do abrigo para fazermos um lanche, e repor as energias
com alguns pedaços da mais pura e doce rapadura, acompanhado de
um paradisíaco chá de puejo, nativo do Pico. Presente da Montanha
Sagrada.
Naquele momento intimamente sagrado, tive uma grande surpresa:
Neandher, o turista e agora meu amigo, retirou da sua mochila um pe-
queno "note-book" para fazer alguns contatos. É o avanço tecnológico
contribuindo com o ser humano na divulgação externa de suas mais íntimas emoções e interações...
A sede física estava totalmente saciada, porém a sede da alma
insistia em se manifestar. Realmente não entendia porque tanta mani-
festação de sede desta alma.
O meu amigo Neandher, quieto lá no seu cantinho, interconectado
com a civilização, perguntou-me:
- Welinton! Você disse que tinha uns textos publicados num site. Qual é o site?
- Respondi instantâneamente: Recanto das Letras!
EUREKA! Gritei tão alto que até parecia um trovão retumbante. É
isto! A sede constante da alma é porque ela está querendo beber um
pouco da água pura e cristalina que jorra da miraculosa e louca fonte
de sabedoria que é o Recanto das Letras.Todos ficamos com os olhos
arregalados, permanecendo destarte em silêncio por alguns segundos insanos...
Falei para os quatro ventos e para o grupo ali coeso e presente:
Vamos saciar a sede de nossa alma. Vamos fazer um delicioso e re-
frescante suco para hidratá-la.
Pedi ao meu amigo o seu "note-book" emprestado, acessei o site
do Recanto e com a receita na mente peguei vários ingredientes e fiz este nutritivo suco para o corpo, para a mente e para a alma. Os ingredientes foram:
Peguei um caldeirão de Fábio Brandão(A Criação dos Céus e da
Terra, O Poder da Amizade, Minha Loba Devoradora, O Soneto da Vagi-
na, A Linda Cabocla Que Vi Sorrir...);Uma panela de Ysabella(Louca,
Eu Queria Um Abraço, Estilo D'Alma, Vem! Toca-me, Trecho de um Lindo Livro...);Um jarro de Jacó Filho(Alucinação, Amando a Vida,Quin-
ta Dimensão,Motivação,Pirâmide da Vida, Um Novo Amigo...);Uma ca-
neca de Roseane Ferreira(Pessoas do Coração,Amigos do Coração, Sol
e Lua, Porto Seguro, Sorria, Lua Nua, Cio do Desejo...); Uns grãos de
Roberto Pelegrino(O que é a Amizade, O Amor Eterno,O silêncio e o Po-
eta, Vamos Celebrar a Vida, Frases para Reflexão...);Uma frigideira de Angélica Gouvêa(Agradecimento à Deus,Carinho versos Carinho,Feliz Aniversário,oração da Manhã);Uma porção de Hari Alves(Tempestade,Graça ou Desgraça,A Verdade sobre o Amor...);Um punhado de Grégori Augustus(Elogio à Loucura...); Uma
bandeja de Elischa Dewes(A Dança do Tempo,Além da Tempestade...);
Uma Tijela de Mel Redi(À Bela Flor Mulher,Momentos Mágicos, Miragem,
Desertificação,Oh! Vida...);Uma travessa de Andrea Sá(O Que O Povo
Precisa, Transição...);Um pires de Guto Russel(O Crime da Mala Em Curitiba,Gravidez Indesejada, Oi Sou a Internet, Notas Sexuais, Chico
Xavier...);Uma garrafa de Liih(Palavras Certas...Usadas Erradas, Volte
a Brilhar, A Menina, Chuva...Sara...Sentimentos...);Uma xícara de Silvia
Regina(Carta à Minha Irmã, Origem, Amanhã... O Meu Legado, Meu To-
que...);Um pedaço de WRamos(Amazônia...);Uma fatia de Petrônio
Ferreira(Bio-Grafia, Um Sonho, Amor,Armagedon...);Um prato de Léo
Rodrigues(Trovão Fla...); Um litro de Neanderthal(Como Enlouquecer sua Mulher em 5 Lições, A Perereca...);Uma colher de Sônia Barbosa
Batista(Nua no Chuveiro, Que Linda, O Guerreiro Chorou, O Livro, O So-
neto das Águas...);Uma concha de Helia Mara(Vontade...);Uma caça-
rola de Eternellement(Contemplação, Chove Chuva,Falo, Eternamente);
Um copo de Guilhermino(Carnaval/carne/gozo/sexo e Tentação, A Paz,
É Fácil Dizer...); Uma caixa de Ivany Fulini(Amizade, Fatos Inexplicá-
veis, Inspiração,Mulher...);Um pacote de Fabuloso(Só Você, A Arte da Poesia, Quando Deus Te Criou, O Mundo Pede Paz...);Uma penca de Orlando Reis(Os Benefícios da Banana, Ler é Poder...);Uma dúzia de Layara(Confusão Mental, A Escolha, Sonhar com Você, A Verdadeira Liberdade, Eu Preciso Tanto...);Um tabuleiro de MBRA(Meu Brasil, Brasil
Central...);Uma cesta de Helenice(Lua Cheia,Felicidade,Amor Universal,
Gravidade...);Um buquê de Minas Em Mim(Viva, Jardineiro em Busca de Recanto, Sabe o que Eu Queria, Flor de Maio...); Um vidro de HSerpas
(Uma Declaração Ao Universo...); Uma lata de Denise Severgnini(Guar-
dião, Alerta, Feliz Aniversário, Felicidades...); Uma marmita de Basilissa
(Seu Desejar, Em busca de Mim, Insinuante Momento...); Uma taça de Sandra Canassa(Sorria, Olha O Sol...);Uma lata de Puetalóide((Bole-
ro, orquídeas...);Uma quarta de Fátima Peixoto(Prometo Pensar no seu Caso, Sonhar, Zen, Deus ajuda-me...); bocado de Benedito Bacelar
(Pelegrino ou Peregrino...), e depois acrescentei à gosto, uma pitadi-
nha de Welinton no(Pico do Itambé! A Montanha de Fé!,Eu Sou, Lou-
cura, Silêncio,Segundo de Amor...). Coloquei todos os ingredientes nu-
ma batedeira virtual e após bater por alguns instantes, o suco ficou
pronto, na textura ideal.
Ofereci o suco para cada um dos presentes, surpresa! Numa finís-
sima taça de cristal! Brindamos efusivamente à saúde e à sabedoria do
Recanto, naquele Sagrado Recanto e bebemos com ávido desejo e pra-
zer, tão exótica e salutar mistura.
A cada caminhada uma nova descoberta e a íntima descoberta
desta vez foi que O Recanto Das Letras é uma fonte que sacia a sede
da alma, tão ávida de saber...
Descemos e quando chegamos, cada um tirou uma palavrinha má-
gica para fechar todo o ritual da caminhada. Desta vez a ordem das
palavras foi:Welinton(Boa Intenção), Narley(Humildade), Neandher(Se-
renidade) e Cabocla(Desprendimento).
Após um confortante banho e um farto jantar-frango caipira com quiabo e maxixe, angu, arroz, tutu, macarronada e uma pimentinha arretada. Descansamos um pouco e os nossos amigos, o Neandher e sua esposa Cabocla, agradeceram pela aventura e extasiados parti-
ram rumo ao destino de origem, com serenidade e desprendimento.Aqui
ficamos, eu e a Narley com boa intenção e humildade, à espera de um
novo e-mail e de uma nova mensagem...
Ficou recíproca uma saudade entre estes novos amigos que con-
tribuiram para a secular descoberta de que indubitávelmente, o Recanto das Letras sacia a sede da alma do buscador que procura beber nesta fonte com intensa sede de amor.
E como tudo é cíclico, novos amigos surgirão e novas e íntimas descobertas serão feitas para a felicidade geral da comunidade deste
Site de utilidade pública, social, intelectual e espiritual sempre sacian-
do a sede da alma.