CAETANO E DIONISIO UMA EXALTAÇÃO A ALEGRIA

Para exaltar a alegria preciso de um deus e nada melhor do que Dionísio, deus de Nietzeche, que dispensou Apolo,por ser certinho, amante das belas formas, da clareza de ordem e da verdade , enquanto Dionísio representa a transgressão, subversão da ordem estabelecida, a alegria o prazer, o vinho, o amor e a exuberância excessiva, voltado para o riso que liberta e para a comunhão com a natureza selvagem, isto porque como afirmou o filósofo, preferia “ antes ser um sátiro a um santo”.

E eu que também não quero ser santa, estou mais é correndo atrás de Caetano - o nosso Dionísio - com a sua Alegria, Alegria, “a bailar no movimento inesgotável do mundo a produzir diferenças. Como o próprio Dionísio que é nômade e não conhece morada fixa, um eterno ser a construir e destruir a si próprio, inventando-se a todo momento. Sustentado por algo que Nietzeche denominou “amor fati”, que é o dizer sim a tudo que lhe acontece, movimento de exaltação à vida com tudo o que ela tem de bom e ruim, de perfeito e imperfeito, alegria e dor, aceitando o jogo de incessantes mutações para nos tornarmos dignos de poder viver a felicidade do cotidiano”.

Que nos façamos pois, alegres e felizes para nos tornamos deuses. É o que nos aponta Eurípedes na sua peça “Os Bacantes”, quando o coro exalta: “ QUEM, NO DIA-A-DIA, DESFRUTA A FELICIDADE DA VIDA, ESTE PROCLAMO FELIZ COMO OS DEUSES”.

PS: esta crônica foi escrita baseada no texto de Marcos Quintaes, sob o título: “No dia em que Caetano convidou um homem a subir no palco”.

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 12/05/2009
Código do texto: T1589165
Classificação de conteúdo: seguro