CAMINHO SEM VOLTA

cOMO VIMOS?

COMO VEIO?

COMO VAMOS?

ONDE CHEGAMOS?

ONDE PARAMOS?

ONDE ESTAMOS?

( "Em busca do Amor Riacho" -Marília L. Paixão)

Enquanto isso Maria me dizia: O meu caminhar é um caminhar sem volta, solitário, voltado para dentro de mim, a cada passo que dou vou descobrindo sentimentos; se em algum momento infelicidade sinto ou frustrações reconheço, culpo-me por eles. E quanto brigo comigo! Assim, vou seguindo a estrada da vida sem atropelar ninguém, mesmo nesta estrada não havendo nenhuma sinalização; ando devagar, ziguezagueando por vezes, não levo nada nas mãos, não tenho pressa, se canso paro, depois do descanso prossigo; não tenho horizonte, não tenho ponto de chegada, nem a poeira nem o suor do meu rosto me atrapalham, não tenho ninguém a minha espera, não sei nem ao menos o que me aguarda na próxima curva. E se não percebo o dia passar, pouco importa que a semana voe, o mês acabe e que o ano finde. Eu continuo eu, - e parafraseando Letícia Thompson - esperando que uma hora ou outra minhas mãos se abram e o vento carregue esta minha vida.

Nesse ponto a Maria ficou calada, ai eu indaguei: Acabou, Maria? Ela respondeu: sim. Então, eu disse: vai dormir, Maria, vai... E ela foi, mas nem deu boa noite...

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Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 11/05/2009
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