Aftas, as malditas
Ai.
Alguém sabe me explicar por que motivos esta coisa inútil, escrota e causadora de uma dor absurda, chamada AFTA, existe?
Ok, basicamente a indesejável surge por causa da acidez no estômago ou como resultado de alguma lesão na boca. Será que estas duas coisas já não são problemas suficientes para resultarem ainda numa afta? Por que nosso organismo não reage de uma forma menos ridícula?
Cansei disso, as aftas insistem em me atormentar... Já fiz até aquele exame bizarro, chamado endoscopia, para ver se tinha gastrite ou algo do tipo, mas nada. Nadinha. Tudo normal. Valeu pela cômica experiência de ter perda de memória recente depois da anestesia, como a Dory, de Procurando Nemo. E só. Porque, acredite, esta é a única parte engraçada da situação.
Tudo bem que tenho a mania de comer os cantinhos internos da boca, mas é só para tirar a pele morta, nada demais que vá me causar grandes lesões – só de vez em quando eu me machuco, mas de leve. Quando eu me corto um pouco, sei que já será suficiente para uma afta dar o ar de sua (des) graça, mas, neste caso, eu reconheço que sou a responsável pelo problema.
E quando nada, eu disse NADA disso, acontece? E quando eu estou normal, numa boa e, de repente, lá está ela, a afta? É surreal.
É uma merda.
Agora mesmo estou com uma na ponta da língua que está sendo um inferno em minha vida. Não posso comer direito, falar direito, beijar direito. Escovar os dentes me faz ir à lua e voltar, principalmente quando a pasta de dente e o atrito das cerdas da escova tocam aquele mini vulcão em minha boca. Dá até pra ver São Jorge de Cueca, como diria minha mãe.
Isso porque eu não comentei sobre a OUTRA afta, cinco vezes maior, que se aloja simultaneamente na parte inferior da boca. Sim, porque não bastassem EXISTIR, elas me visitam em bando.
O que eu mais quero nessa vida é uma receita para terminar com esta tormenta.
Ai.