Música dedicada a todas as Mães, no Site do Escritor:
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PARABÉNS A TODAS AS MÃES
Hoje vou falar de u’a mãe especial, diferente, “sui gêneres”. Aquela mãe que foi – sem nunca ter sido. Aquela mãe que amou os filhos de outras mães, que os cuidou, os educou, os alimentou, sem nada exigir. Nem mesmo ser chamada de Mãe! Não, ela jamais quis competir com as mães verdadeiras de “seus filhos”, sempre deixou muito claro a eles – os filhos – e a elas – as mães – que ela não queria ser mãe deles. Só queria amá-los, como o fez e ser amada por eles, como foi.
Esta mãe – entre tantas que existem por aí – sou eu mesma. Era jovem, cursava a Faculdade de Psicologia pela manhã e trabalhava durante a tarde e noite. Sobrava muito pouco tempo para colocar os estudos em dia e, então, aproveitava as madrugadas e fins de semana em que não trabalhava. Naquela época meu emprego era em hospital público e trabalhávamos em sistema de rodízio. Às vezes fazia plantão todo o fim de semana.
Nessa ocasião, aos 25 anos de idade e pouca experiência, conheci meu marido, Cláudio, cujo casamento dura até hoje. Foi amor à primeira vista. Paixão, loucura, perda de juízo e muita afinidade e companheirismo entre nós. Chegou ao meu apartamento – eu morava sozinha – de “mala e cuia”, trazendo, além de suas coisas pessoais, três filhos:
A filha mais velha - Laura com dezenove anos – de difícil convivência, por ser mulher e adolescente – e dois filhos menores: um com seis e o mais novo com três anos. Este, Marcelo, não viveu tempo integral conosco, a mãe sempre esteve presente, contudo, vinha todos os finais de semana e nas férias escolares. E meu marido, um super pai, como nunca vi! Pai realmente presente, preocupado com a educação dos filhos e, ainda hoje, todos adultos, ele continua o mesmo. Eu o admiro por isso, pelo seu caráter, por sua bondade e desprendimento.
O detalhe mais importante e curioso desta história da vida real é que os filhos são de mães diferentes – três filhos, três mães. A única que já havia falecido era a mãe de Laura, o que aumentava ainda mais a sua carga dos traumas que carrega até hoje.
Ela viveu conosco até se casar, aos trinta anos de idade. Teve um casal de filhos, lindos – Tomás, de 19 anos e Nicole, de l5 – lindos, que me amam muito e tem total reciprocidade. Hoje, ela não faz nada sem ouvir, antes, a minha opinião. Continua uma eterna criança, apesar dos quarenta e alguns anos.
O filho do meio – Claudinho - que veio com seis anos de idade, viveu conosco até se formar Engenheiro Civil na Universidade Mackenzie, fez mestrado, namorou por seis anos e se casou, com Daniela – uma graça de pessoa. A sogra sempre fui eu – embora a mãe dele fosse viva (hoje, infelizmente já não é mais). Faleceu aos 60 anos de idade, de infarto fulminante e não conheceu as netas – Laís, de quatro anos e Clara, de dois.
Estas são um capítulo à parte. São os meus amores – os outros dois adolescentes, amo-os igualmente, mas com essas duas pequenas jóias é algo diferente. Não dá para explicar, como não havendo nenhum laço de sangue elas possam se identificar tanto comigo e eu com elas. A avó legítima, mãe de Dani, fica até um pouco enciumada. No bom sentido, pois ela é grata por tanto amor que lhes dedico.
Portanto, quero pedir licença às verdadeiras mães, que gestaram, carregaram uma barriga imensa, tiveram enjôos, desejos na madrugada, sentiram dores incômodas e pariram – e por isso mesmo ficaram lindas! – para homenagear-me em pé de igualdade com elas, neste DIA DAS MÃES!
Parabéns à Cleide (minha amiga-irmã), à Guaraciaba (outra irmã) e outras que, igualmente, decidiram, ou não puderam parir!
PARABÉNS A TODAS AS MÃES – AS QUE FORAM E AS QUE NÃO FORAM!