Diário de Bordo - Serra Gaucha: Quarto Dia
Acordo no quarto dia da viagem com um peso no coração. Enquanto arrumo as malas sei que a aventura está caminhando para seu final. Hoje vamos rumar para Bento Gonçalves, a capital nacional do vinho, onde passaremos os dois últimos dias no Rio Grande do Sul.
Antes de partir, entretanto, paramos em uma das inúmeras lojas de chocolate artesanal que existem em Gramado e que são responsáveis por parte da fama da cidade. Fiquei mais uma vez admirado com o sabor do chocolate da região e, sacolas depois, voltamos para o carro e tomamos o rumo de Bento Gonçalves.
A estrada é a mesma pela qual chegamos a Gramado, e a paisagem só se altera vários quilômetros à frente, quando começamos a cruzar pequenas vilas à beira da rodovia. Cerca de duas horas de estrada depois, chegamos finalmente a Carlos Barbosa, sede da Tramontina, onde se encontra instalada uma imensa instalação da empresa.
Seguindo em frente encontramos Garibaldi, pela qual passamos rapidamente, e rumamos para Bento, enfim. Na entrada, o famoso Pórtico Pipa, que tem o formato, como o nome já diz, de um imenso tonel de vinho, a pipa.
Como a hora já estava avançada, corremos para a estação ferroviária comprar nossa passagem para o passeio de Maria Fumaça, a atração mais aguardada de toda a viagem. Compramos as passagens e, como não havia movimentação nas plataformas ainda, e tínhamos alguns minutos fomos dar uma voltinha no centro da cidade. Sinceramente não me agradou, com suas ruas ceias de ladeiras e curvas com pouca sinalização.
Mas nem tudo estava perdido. A má impressão causada pelas ruas da cidade foi totalmente dissipada quando voltamos para a estação de trem. Foi uma cena maravilhosa. Dezenas de pessoas caminhavam pela plataforma, onde um trem com vários vagões já estava parado, com as portas abertas. Em alguns pontos havia artistas performando números de música e dança, tipicamente italianas, e o melhor de tudo: vinho era distribuído livremente pelas funcionárias da empresa de turismo que controla o passeio. Branco, tinto e suco de uva à vontade... que mais eu poderia querer?
E a tarde só melhorou quando embarcamos. Foi a primeira vez que Luna entrou em um trem, e minha primeira vez em uma composição movida a vapor e estávamos muito ansiosos.
Em alguns momentos o apito forte da Maria Fumaça enchia o ar e sorrisos estampavam todos os rostos, o que ficou ainda melhor quando alguns artistas caracterizados de italianos ou gaúchos, com sanfonas, pandeiros e trajes típicos passavam pelo vagão fazendo a maior das festas com os turistas.
Quando paramos na estação de Garibaldi fomos convidados a descer do trem e adivinhem: Mais vinho e mais música!
Já com os pés trançando levemente voltamos para o trem que continuou sua jornada em direção a Carlos Barbosa, onde terminaria a viagem. Na estação desta cidade mais artistas e muitos turistas cantando e dançando na plataforma.
Terminado o passeio, voltamos de ônibus, fretado, a Bento Gonçalves e fomos diretamente a um pequeno teatro bem em frente à estação ferroviária, onde é exibido um espetáculo que conta a história da imigração italiana no Brasil. Para um descendente de italianos, foi uma viagem emocionante.
Já perto das seis horas da tarde, e ainda sequer sem almoçar, pois tínhamos ido diretamente para os passeios, pegamos o carro e fomos para a famosa Rota do Vinho, parando antes em um charmoso café à beira da via para um sanduíche italiano.
Terminamos o dia passando pelas estradas tortuosas da Rota, já mergulhada na escuridão da noite e com todas as vinícolas fechadas. Mas não faz mal, porque amanhã é o dia em que iremos conhecer as famosas vinícolas do Vale do Vinho de Bento Gonçalves.
Se você gosta de vinho e da cultura italiana, não perca amanhã nosso quinto dia de viagem!
Acordo no quarto dia da viagem com um peso no coração. Enquanto arrumo as malas sei que a aventura está caminhando para seu final. Hoje vamos rumar para Bento Gonçalves, a capital nacional do vinho, onde passaremos os dois últimos dias no Rio Grande do Sul.
Antes de partir, entretanto, paramos em uma das inúmeras lojas de chocolate artesanal que existem em Gramado e que são responsáveis por parte da fama da cidade. Fiquei mais uma vez admirado com o sabor do chocolate da região e, sacolas depois, voltamos para o carro e tomamos o rumo de Bento Gonçalves.
A estrada é a mesma pela qual chegamos a Gramado, e a paisagem só se altera vários quilômetros à frente, quando começamos a cruzar pequenas vilas à beira da rodovia. Cerca de duas horas de estrada depois, chegamos finalmente a Carlos Barbosa, sede da Tramontina, onde se encontra instalada uma imensa instalação da empresa.
Seguindo em frente encontramos Garibaldi, pela qual passamos rapidamente, e rumamos para Bento, enfim. Na entrada, o famoso Pórtico Pipa, que tem o formato, como o nome já diz, de um imenso tonel de vinho, a pipa.
Como a hora já estava avançada, corremos para a estação ferroviária comprar nossa passagem para o passeio de Maria Fumaça, a atração mais aguardada de toda a viagem. Compramos as passagens e, como não havia movimentação nas plataformas ainda, e tínhamos alguns minutos fomos dar uma voltinha no centro da cidade. Sinceramente não me agradou, com suas ruas ceias de ladeiras e curvas com pouca sinalização.
Mas nem tudo estava perdido. A má impressão causada pelas ruas da cidade foi totalmente dissipada quando voltamos para a estação de trem. Foi uma cena maravilhosa. Dezenas de pessoas caminhavam pela plataforma, onde um trem com vários vagões já estava parado, com as portas abertas. Em alguns pontos havia artistas performando números de música e dança, tipicamente italianas, e o melhor de tudo: vinho era distribuído livremente pelas funcionárias da empresa de turismo que controla o passeio. Branco, tinto e suco de uva à vontade... que mais eu poderia querer?
E a tarde só melhorou quando embarcamos. Foi a primeira vez que Luna entrou em um trem, e minha primeira vez em uma composição movida a vapor e estávamos muito ansiosos.
Em alguns momentos o apito forte da Maria Fumaça enchia o ar e sorrisos estampavam todos os rostos, o que ficou ainda melhor quando alguns artistas caracterizados de italianos ou gaúchos, com sanfonas, pandeiros e trajes típicos passavam pelo vagão fazendo a maior das festas com os turistas.
Quando paramos na estação de Garibaldi fomos convidados a descer do trem e adivinhem: Mais vinho e mais música!
Já com os pés trançando levemente voltamos para o trem que continuou sua jornada em direção a Carlos Barbosa, onde terminaria a viagem. Na estação desta cidade mais artistas e muitos turistas cantando e dançando na plataforma.
Terminado o passeio, voltamos de ônibus, fretado, a Bento Gonçalves e fomos diretamente a um pequeno teatro bem em frente à estação ferroviária, onde é exibido um espetáculo que conta a história da imigração italiana no Brasil. Para um descendente de italianos, foi uma viagem emocionante.
Já perto das seis horas da tarde, e ainda sequer sem almoçar, pois tínhamos ido diretamente para os passeios, pegamos o carro e fomos para a famosa Rota do Vinho, parando antes em um charmoso café à beira da via para um sanduíche italiano.
Terminamos o dia passando pelas estradas tortuosas da Rota, já mergulhada na escuridão da noite e com todas as vinícolas fechadas. Mas não faz mal, porque amanhã é o dia em que iremos conhecer as famosas vinícolas do Vale do Vinho de Bento Gonçalves.
Se você gosta de vinho e da cultura italiana, não perca amanhã nosso quinto dia de viagem!