A Saga da Bienal de Goiás
 
            Encerrou-se no domingo dia 03 de maio a 2ª Bienal de Goiás, em homenagem justa ao Escritor Bariani Ortêncio (merece o ¨E¨ maiúsculo) que por motivos alheios à vontade da comunidade literária deu-se após quatro anos, estando um dos expositores, de outra região, a perguntar pelos corredores, sem que obtivesse eco, por que Bienal em Goiás ocorre a cada quatro anos? Teve como resposta uma sonora risada, vinda de todos os horizontes emitidas pelos demais expositores, um tanto quanto deles autores goianos. Nós entendemos, mas os forasteiros não. Melhor assim, fica tudo bem na nossa boa terra.
            A festa, e não poderia de ser outra coisa, foi gratificante a este cronista, tanto que me arrebentei de tanto trabalhar, montando de última hora um Stand que alguém não quis, e isso já é poético e nasceu do inusitado: oportunidade se agarra com os dentes quando passa lépida à sua frente.
            Devo esclarecer, a bem da minha vaidade, que não era o intento de aparecer feito um lobo solitário no alto da estepe admirando a planície à espera de uma ovelha perdida, mas de apresentar um pouco de nossa obra, de conhecer a obra de outros, de interagir com o meio cultural e, principalmente, de nos divertir entre inúmeras prateleiras de livros que são o nosso terreno natural.
            A saga foi bem contada e de patinho feio fomos a participante integral, moendo nosso ossos que só não ficaram aos pedaços desintegrando-se no espaço, visto termos o auxílio pontual de outros escritores que também queriam expor, não havendo outro recanto acolhedor além do que nos restou.
            Sou de dividir e compartilhar as boas coisas da vida e o escritor Cristiano Deveras, vencedor da Bolsa Hugo de Carvalho Ramos em 2006, juntou-se a nós na luta bendita apresentando à comunidade o seu Bar do Escritor, uma luta coletiva reunindo talentos do Brasil inteiro que se fundiram em ideais comuns via Orkut – e há coisa boa na Internet.
            Aportou-se naquelas paragens agradáveis o notável escritor Delermando Vieira, assaz devorador de inúmeros concursos, dando-nos a honra com várias aparições, palestras agradáveis e conselhos úteis de se carregar por muitas vidas afora. Quem não o leu ainda, que corra a tirar o atraso.
            O espaço virou cultura e nos prestigiaram com passagens gratificantes os colegas das letras: Valdivino Braz, Eguimar Felício, Brasigóis Felício, Edmar César e do próprio Bariâni Ortêncio, perguntando sobre a origem do nosso sobrenome, o que muito nos honrou.
            Fomos guarnecidos, com um stand montado no flanco direito, pela presença do escritor e artista plástico Ivanor Mendonça, acolhendo muitos amigos que encontraram no seu cantinho uma especial e acolhedora pousada.
            Vieram de Brasília especialmente para o evento, dividindo a alegria de receber os inúmeros leitores, as colegas Rai Oliveira e Eusanete Sant´Anna, colegas e co-autoras do nosso ¨No Tempo em Que Cobra Tinha Asas¨, também escrito por Jeanne Maz, Edson José Alves e Oswaldo Pullen Parente. Os dois últimos presentes nas prateleiras com uma coletânea de livros infantis e os quadrinhos do ¨Alípio Doidão¨, respectivamente, que fizeram largo sucesso entre a meninada.
            Um abraço aos escritores que enviaram suas obras: Larissa Marques (que encantou as adolescentes com poesias), Giovani Iemini, Roberto Klotz e o já citado Delermando Vieira, além do batalhador Fernando Sgreccia, que não perdeu tempo em apresentar sua obra nas trincheiras abertas do evento.
            Tendo aqui espaço para agradecer aos inúmeros amigos e parentes que compareceram, além dos que não puderam vir e enviaram emails, destacamos que o êxito da Bienal deveu-se em grande parte ao esforço, iniciativa e criatividade de nossa Secretaria de Educação, Milca Severino. 

               A todos, o nosso muito obrigado.