TECENDO A TEIA DO SABER

A aranha vai fiando as malhas através de fios que vêm de dentro do próprio corpo. Com delicadeza, vai tecendo um bordado, puxa um fio que quer se soltar, dá pontos, amarra todas as malhas para que o desenho seja bonito, entrelaçado, e dê um diferencial à paisagem. Depois de pronto, a teia serve para ela viver – viver em um local que ela mesma teceu e que veio do seu interior.

Tomando emprestado esta metáfora, poderíamos considerar que os professores, assim como a aranha, também, tecem os fios da teia do saber. Assim como a aranha, usam fios que vêm de dentro de seu próprio corpo, das competências de cada um: competência para organizar e estimular situações de aprendizagem; competência para gerar a progressão das aprendizagens; competência para envolver os alunos em suas aprendizagens e no trabalho; competência para estimular, coordenar e manter a disciplina e competência para gerar a sua própria formação continuada.

Portanto, assim como a aranha tece a sua teia, cada professor tece a sua biografia, a sua realidade e por conseqüência a do educando. A educação tecida desta maneira reflete professores sempre ligados aos processos de formação contínua e que estão preocupados em motivar e disciplinar seus alunos.

É um convite à reflexão da escola e professores, para que eles não sejam meros galhos secos à deriva da teia, mas que seu cotidiano seja a própria teia, tecida dia a dia, ano após ano, em malhas que privilegiem a busca teimosa do saber.