NÃO FUI E NEM SOU A ÚNICA

NAÕ FUI E NÃO SOU A ÚNICA

Desculpem-me os que caíram na armadilha, pois para amenizar pelo que passei, vanglorio-me por não ter sido a única.

Espero que todos que me lêem, liguem o sinal de alerta e fiquem atentos, pois com toda a minha vivência, experiência de vida e já em plena maturidade, caiu inocentemente no logro do : Falso SEQUESTRO.

Faz hoje uma semana e não quero entrar em detalhes, mas como dizem meus filhos= Caí como uma patinha indefesa.

Conservo sempre meus telefones fixo e celular na cabeceira da cama e, precisamente as 22,30 atendo ao chamado e parecia minha filha pedindo socorro chorando, por ter sido seqüestrada.

Meus neurônios entraram em choque, e no mesmo instante uma voz masculina, perguntando minha idade respondeu= Não fique nervosa pois sua filha foi seqüestrada por engano e está segura num esconderijo.

Fiz a pergunta se ela estava só, ao que o bandido logo respondeu que eu não deveria fazer perguntas e me limitar somente às respostas, pois a policia poderia rastrear o esconderijo e assim ela correria risco de vida.

Ela está só? Ou estava com o marido. Prontamente responderam sim está com o marido.

Lògicamente fiquei mais tranqüila, e daí por diante segui sem pestanejar todas as exigências dos meliantes.

Desligando todos os telefones e só ficando c/ meu celular plugado no carregador.

Desde as 22,30 de domingo até as 15,30 de segunda feira,ficaram meus parentes sem comunicação comigo.

Fui duas vezes ao banco retirar importâncias e sempre com o meu celular e carregador na bolsa, pois onde eles estivessem comunicar-se-iam comigo e eu com meu celular escondido por debaixo da blusa, para que ninguém desconfiasse fui seguindo as instruções, e procurando salvar minha filha do FALSO SEQUESTRO.

Nunca havia passado por isso e mesmo tendo conhecimento de seqüestro e resgates mal sucedidos, aumentaram minha aflição.

Desde a 1ª vez que fui ao banco retirar a importância exigida os meliantes me informaram que eu estava fazendo um saque para meu filho que estava necessitando e fosse o depósito feito em dinheiro, para o banco pelo meliante indicado.

Na sala vip onde sempre sou atendida, perguntaram se eu estava bem eu respondi que sim, mas era meu filho que necessitava do dinheiro e fiz um sinal com o dedo na boca, que não comentassem nada.

Na segunda ida ao banco, pois me foi exigida nova quantia, enquanto a minha atendente foi ao caixa retirar a importância, pois eu havia dito aos meliantes que eu nunca havia feito retirada por cartão de crédito, (pois não sabia mesmo), e graças a Deus, resolvi escrever um bilhete para minha atendente dizendo: = Não comente nada a ninguém, pois a importância não é p/ meu filho e sim p/salvar minha filha que foi seqüestrada por engano,e se eu me comunicar com alguém ela correrá risco de vida.

Tive a sorte de quando minha empregada veio trabalhar, viu o telefone fora do gancho e se comunicou com minha filha que eu não estava em casa.

Daí é que começou o desespero de meus familiares. Não conseguiam me encontrar e o mesmo delegado de polícia não podia fazer nada enquanto eu não fosse localizada, para fazer o célebre BO- Boletim de ocorrência.

Meu celular estava incomunicável e somente as 15,30 meu genro conseguiu me localizar, pois meu celular desconectou e me falou que era um Falso Seqüestro e onde eu estava.

Todos foram ao meu encontro, e o resto foram lágrimas, que jamais esquecerei.

Tudo na vida serve de aprendizagem, e eu aprendi mais uma e espero que todos não venham a ter momentos de aflição como nós, e me desculpem se eu não fui à única.

Curitiba, 5/maio/2009 dinah Lunardelli Salomon

Hanid
Enviado por Hanid em 05/05/2009
Código do texto: T1577138
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