A DANÇA DAS BAILARINAS REBELDES

A DANÇA DAS BAILARINAS REBELDES

“Ela dança / Baila / A grande criança /

A bailarina / Alonga os gestos/

Alonga o corpo / Muda a Forma/

Gera mudança/ E nestas andanças/

De tantas danças /Quantas mudanças/

(Welshe Elda)

Toda forma de arte me alumbra. Assisti uma demonstração de dança no Studio Isadora Duncan, que me encantou. As “rebeldes” bailarinas, seguindo os passos daquela que dá nome ao Studio, deixaram de lado as sapatilhas e, descalças, com seus vestidos esvoaçantes, que evocavam figurações da arte grega, também repudiaram as restrições técnicas artificiais de origem clássica e puseram-se, inspiradas nos ritmos da natureza, a dar vazão ao que se condicionou chamar dança moderna.

O espetáculo da dança me trouxe à lembrança a figura trágica da bailarina Isadora Duncan (1877/1927) que, rejeitando toda a tradição provocou no inicio século passado, nos Estados Unidos, uma revolução na dança com seus conceitos naturalistas, cuja fama fixou-se após sua primeira exibição em Paris (1902). Isadora Duncan, que sobreviveu às mortes por afogamento de seus dois filhos (1913) e ao suicídio de seu marido, o poeta russo Sergei Esenin (1925), morreu em 1927, enforcada pela própria echarpe, que se enrolou nas rodas do automóvel que dirigia.

Fico imaginando aqui... Mas que vida tão cheia de infortúnio a da Isadora! E tem gente que por menos do que isso desaba, inclusive eu. Sei não viu...

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 05/05/2009
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