Estréia em grande estilo “O código da Vinci”
by - Vincent Benedicto
Segundo a Reuters – Agencia internacional de Notícias – CIDADE DO VATICANO (Hollywood Repórter) - Faltando apenas dois dias para a estréia de "O Código Da Vinci" em cinemas de todo o mundo, os pedidos de boicote e proibição do thriller vêm aumentando, embora há quem opine que essas estratégias acabarão tendo efeito inverso ao desejado.
A Santa Sé está entre as primeiras e mais intensas vozes a tecer críticas ao filme estrelado por Tom Hanks, que especula que Jesus teria se casado com a prostituta bíblica Maria Madalena e que o casal teria descendentes que vivem até hoje.
Em janeiro de 2005, o papa João Paulo II criou uma comissão especial para desmentir a história baseada no best-seller internacional de Dan Brown.
Até agora, uma figura importante da Igreja já pediu boicote ao filme, e outra mencionou a possibilidade de ação legal contra ele.
Enquanto isso, a polêmica corre solta mundo afora. Nas Filipinas, alguns legisladores pediram a proibição do filme nesse país.
Na Índia, centenas de manifestantes foram às ruas para pedir medida semelhante. Líderes cristãos ortodoxos na Grécia, Romênia e Rússia fulminaram o filme desde o púlpito, e autoridades religiosas nos EUA anunciaram a criação de uma coalizão ampla inter-religiosa que vai pedir o boicote do filme, dois dias antes de sua estréia, marcada para esta sexta-feira dia 19/05/2006.
"Queremos expor o conteúdo ofensivo e enganoso do filme, e estamos pedindo seu boicote", disse Don Feder, presidente do grupo Judeus Contra a Difamação Anticristã, que integra a coalizão americana. “Esse filme é um ataque claro contra todas as religiões”.
No Vaticano, alguns líderes religiosos vêm falando em termos igualmente contundentes. No mês passado, o poderoso arcebispo Ângelo Amato, o segundo líder mais importante da Congregação para a Doutrina da Fé, disse que os católicos "devem boicotar 'O Código Da Vinci', denunciá-lo e rejeitar as mentiras que ele difunde sobre a Igreja".
Pouco depois, o cardeal nigeriano Francis Arinze disse que os cristãos devem estudar a adoção de "medidas legais" contra o filme e o livro.
A Opus Dei, retratado na história como uma seita sigilosa que dirigiu uma conspiração sangrenta para ocultar a linhagem dos descendentes de Jesus, exigiu este mês que o filme seja exibido com um aviso, declarando que é uma obra de ficção.
A Igreja chegou a produzir um filme de desmentido intitulado "O Código Da Vinci -- Uma Mentira Magistral". Igrejas e grupos religiosos vão exibir o documentário este mês.
É verdade que muitos líderes religiosos sugerem que os fiéis utilizem a história como ferramenta evangélica e outros se concentrem em denunciar as imprecisões históricas da história, em artigos, na televisão, em livros e em seus sermões.
Os envolvidos com a produção zombam da controvérsia. Tom Hanks e o diretor Ron Howard já lembraram aos críticos que o filme é uma obra de ficção.
"Acho que a religião das pessoas não é algo que deva ser tratado com displicência. Tenho muito respeito pelas pessoas de fé, de todas as religiões", disse Howard em entrevista, quando se preparava para embarcar para o Festival de Cannes, onde "O Código Da Vinci" fará sua estréia mundial, hoje quarta-feira, na abertura do festival.
“Ao mesmo tempo, o filme é uma obra de ficção. Ele não pretende ofender ninguém, não é teologia. Se alguém acha que ficará incomodado com a história, não deve assistir ao filme”.
A distribuidora Sony Pictures espera atrair um público grande na católica Itália, apesar de boa parte da controvérsia ter se originado nesse país
“Imagino que os avisos lançados por líderes religiosos terão impacto apenas sobre os mais devotos, e esses são os que menos provavelmente se deixarão influenciar por um filme assim", opinou Cláudio Batestella, escritor e professor de marketing na Universidade Roma Tre”.
“Para o cristão comum, acho que a tentação pode ser assistir ao filme para saber a que se deve tanta polêmica”.
A Opus Dei – para quem não sabe – é uma instituição da Igreja Católica, fundada por São Josemaria Escrivã e é citada na história de Dan Brown como uma seita secreta que há séculos trabalha para ocultar a verdade sobre Jesus Cristo.
Na realidade a missão da Opus Dei, consiste em difundir a mensagem de que o trabalho e as circunstâncias do dia-a-dia são ocasião de encontro com Deus, de serviço aos outros e de melhora da sociedade. A Opus Dei colabora com as igrejas locais, oferecendo meios de formação cristã (palestras, retiros, atenção sacerdotal), dirigidos a pessoas que desejam renovar sua vida espiritual e seu apostolado
Segundo o Diário Digital Lusa – O Código Da Vinci – estréia sem oposição da Opus Dei.
Cem cópias do filme "O Código Da Vinci" vão rodar a partir de quinta-feira por 85 salas de cinema portuguesas, sendo o terceiro filme da Columbia com maior distribuição em Portugal, assegurou hoje a distribuidora.
A Grande Lisboa, o Grande Porto e o Algarve vão ser as zonas mais abrangidas pela distribuição da película.
Segundo a Columbia, a fasquia das 100 cópias apenas foi ultrapassada pelos filmes "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban", que lidera, com 114 cópias, e "Harry Potter e a Câmara dos Segredos", o segundo da lista, com 109.
Desde o início envolto em polemica, o filme "O Código Da Vinci", protagonizado por Tom Hanks e Audrey Tautou, foi filmado sob apertadas medidas de segurança, tendo a rodagem prolongado a controvérsia suscitada pelo romance de Dan Brown.
Em alguns locais, como a Abadia de Westminster, em Londres, ou a Igreja de Saint-Suplice, em Paris, as filmagens não foram autorizadas, o que obrigou à criação digital destes cenários, onde se desenrolam algumas das mais importantes cenas.
O filme, que este ano inaugura o Festival de Cannes, dia 17/05/2006, chega a Portugal antes de estrear nos Estados Unidos, onde o movimento católico Opus Dei e outros grupos religiosos americanos lançaram quarta-feira uma nova ofensiva contra o livro.
Em Portugal, Pedro Gil, porta-voz do movimento, declarou à Lusa que a Opus Dei decidiu disponibilizar informação sobre aquela organização no seu site e que não terá qualquer outro tipo de ação, embora (o retrato odioso que o livro dá da Igreja Católica seja, certamente, potenciado pelo filme).
Segundo Pedro Gil, apesar do escritor e do realizador se refugiarem no fato de se tratar de uma obra de ficção, (esta utiliza elementos reais e cria dúvidas sobre fatos históricos que se adensam por a maioria das pessoas ter insuficiente informação sobre a história da Igreja).
E com essa polêmica toda, Dan Brown que não era muito conhecido se tornou celebridade enchendo os cofres de dólares. A milionária Sony fará mais um lançamento de sucesso! A igreja continuará emitindo seus euros em ouro. A Opus Dei aproveita para lançar um livro que já vendeu aproximadamente 10.000 cópias pela mesma editora de Dan Brown.
Estes – além do ibope – são os reais efeitos da mídia em noticiar toda essa polêmica.
Dentro de alguns meses teremos outra notícia, outra polêmica e não se fala mais em "O código da Vinci".
Para ver o "trailer" do filme click no link: http://oglobo.globo.com/videos/0001946.asp#
by - Vincent Benedicto
Segundo a Reuters – Agencia internacional de Notícias – CIDADE DO VATICANO (Hollywood Repórter) - Faltando apenas dois dias para a estréia de "O Código Da Vinci" em cinemas de todo o mundo, os pedidos de boicote e proibição do thriller vêm aumentando, embora há quem opine que essas estratégias acabarão tendo efeito inverso ao desejado.
A Santa Sé está entre as primeiras e mais intensas vozes a tecer críticas ao filme estrelado por Tom Hanks, que especula que Jesus teria se casado com a prostituta bíblica Maria Madalena e que o casal teria descendentes que vivem até hoje.
Em janeiro de 2005, o papa João Paulo II criou uma comissão especial para desmentir a história baseada no best-seller internacional de Dan Brown.
Até agora, uma figura importante da Igreja já pediu boicote ao filme, e outra mencionou a possibilidade de ação legal contra ele.
Enquanto isso, a polêmica corre solta mundo afora. Nas Filipinas, alguns legisladores pediram a proibição do filme nesse país.
Na Índia, centenas de manifestantes foram às ruas para pedir medida semelhante. Líderes cristãos ortodoxos na Grécia, Romênia e Rússia fulminaram o filme desde o púlpito, e autoridades religiosas nos EUA anunciaram a criação de uma coalizão ampla inter-religiosa que vai pedir o boicote do filme, dois dias antes de sua estréia, marcada para esta sexta-feira dia 19/05/2006.
"Queremos expor o conteúdo ofensivo e enganoso do filme, e estamos pedindo seu boicote", disse Don Feder, presidente do grupo Judeus Contra a Difamação Anticristã, que integra a coalizão americana. “Esse filme é um ataque claro contra todas as religiões”.
No Vaticano, alguns líderes religiosos vêm falando em termos igualmente contundentes. No mês passado, o poderoso arcebispo Ângelo Amato, o segundo líder mais importante da Congregação para a Doutrina da Fé, disse que os católicos "devem boicotar 'O Código Da Vinci', denunciá-lo e rejeitar as mentiras que ele difunde sobre a Igreja".
Pouco depois, o cardeal nigeriano Francis Arinze disse que os cristãos devem estudar a adoção de "medidas legais" contra o filme e o livro.
A Opus Dei, retratado na história como uma seita sigilosa que dirigiu uma conspiração sangrenta para ocultar a linhagem dos descendentes de Jesus, exigiu este mês que o filme seja exibido com um aviso, declarando que é uma obra de ficção.
A Igreja chegou a produzir um filme de desmentido intitulado "O Código Da Vinci -- Uma Mentira Magistral". Igrejas e grupos religiosos vão exibir o documentário este mês.
É verdade que muitos líderes religiosos sugerem que os fiéis utilizem a história como ferramenta evangélica e outros se concentrem em denunciar as imprecisões históricas da história, em artigos, na televisão, em livros e em seus sermões.
Os envolvidos com a produção zombam da controvérsia. Tom Hanks e o diretor Ron Howard já lembraram aos críticos que o filme é uma obra de ficção.
"Acho que a religião das pessoas não é algo que deva ser tratado com displicência. Tenho muito respeito pelas pessoas de fé, de todas as religiões", disse Howard em entrevista, quando se preparava para embarcar para o Festival de Cannes, onde "O Código Da Vinci" fará sua estréia mundial, hoje quarta-feira, na abertura do festival.
“Ao mesmo tempo, o filme é uma obra de ficção. Ele não pretende ofender ninguém, não é teologia. Se alguém acha que ficará incomodado com a história, não deve assistir ao filme”.
A distribuidora Sony Pictures espera atrair um público grande na católica Itália, apesar de boa parte da controvérsia ter se originado nesse país
“Imagino que os avisos lançados por líderes religiosos terão impacto apenas sobre os mais devotos, e esses são os que menos provavelmente se deixarão influenciar por um filme assim", opinou Cláudio Batestella, escritor e professor de marketing na Universidade Roma Tre”.
“Para o cristão comum, acho que a tentação pode ser assistir ao filme para saber a que se deve tanta polêmica”.
A Opus Dei – para quem não sabe – é uma instituição da Igreja Católica, fundada por São Josemaria Escrivã e é citada na história de Dan Brown como uma seita secreta que há séculos trabalha para ocultar a verdade sobre Jesus Cristo.
Na realidade a missão da Opus Dei, consiste em difundir a mensagem de que o trabalho e as circunstâncias do dia-a-dia são ocasião de encontro com Deus, de serviço aos outros e de melhora da sociedade. A Opus Dei colabora com as igrejas locais, oferecendo meios de formação cristã (palestras, retiros, atenção sacerdotal), dirigidos a pessoas que desejam renovar sua vida espiritual e seu apostolado
Segundo o Diário Digital Lusa – O Código Da Vinci – estréia sem oposição da Opus Dei.
Cem cópias do filme "O Código Da Vinci" vão rodar a partir de quinta-feira por 85 salas de cinema portuguesas, sendo o terceiro filme da Columbia com maior distribuição em Portugal, assegurou hoje a distribuidora.
A Grande Lisboa, o Grande Porto e o Algarve vão ser as zonas mais abrangidas pela distribuição da película.
Segundo a Columbia, a fasquia das 100 cópias apenas foi ultrapassada pelos filmes "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban", que lidera, com 114 cópias, e "Harry Potter e a Câmara dos Segredos", o segundo da lista, com 109.
Desde o início envolto em polemica, o filme "O Código Da Vinci", protagonizado por Tom Hanks e Audrey Tautou, foi filmado sob apertadas medidas de segurança, tendo a rodagem prolongado a controvérsia suscitada pelo romance de Dan Brown.
Em alguns locais, como a Abadia de Westminster, em Londres, ou a Igreja de Saint-Suplice, em Paris, as filmagens não foram autorizadas, o que obrigou à criação digital destes cenários, onde se desenrolam algumas das mais importantes cenas.
O filme, que este ano inaugura o Festival de Cannes, dia 17/05/2006, chega a Portugal antes de estrear nos Estados Unidos, onde o movimento católico Opus Dei e outros grupos religiosos americanos lançaram quarta-feira uma nova ofensiva contra o livro.
Em Portugal, Pedro Gil, porta-voz do movimento, declarou à Lusa que a Opus Dei decidiu disponibilizar informação sobre aquela organização no seu site e que não terá qualquer outro tipo de ação, embora (o retrato odioso que o livro dá da Igreja Católica seja, certamente, potenciado pelo filme).
Segundo Pedro Gil, apesar do escritor e do realizador se refugiarem no fato de se tratar de uma obra de ficção, (esta utiliza elementos reais e cria dúvidas sobre fatos históricos que se adensam por a maioria das pessoas ter insuficiente informação sobre a história da Igreja).
E com essa polêmica toda, Dan Brown que não era muito conhecido se tornou celebridade enchendo os cofres de dólares. A milionária Sony fará mais um lançamento de sucesso! A igreja continuará emitindo seus euros em ouro. A Opus Dei aproveita para lançar um livro que já vendeu aproximadamente 10.000 cópias pela mesma editora de Dan Brown.
Estes – além do ibope – são os reais efeitos da mídia em noticiar toda essa polêmica.
Dentro de alguns meses teremos outra notícia, outra polêmica e não se fala mais em "O código da Vinci".
Para ver o "trailer" do filme click no link: http://oglobo.globo.com/videos/0001946.asp#