Saudade do Mengão Pai...


Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga prá ver...
Pai!
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...



 
  Que saudade que tenho de ti papai, me vendo em teus braços; abraços. Quanta saudade você me deixou... Quem dera fosse só isso. Dói demais, pois tu eras meu refúgio, minha força nas atribulações. Hoje menina perdida, confusa, indecisa. Seria  diferente se estivesses aqui comigo, agora. Domingo jogo do Mengão, vibrando em mais uma conquista. Que felicidade.

  Porque você partiu? Partindo meu coração, não tinha esse direito. Não devia. Procuro minha metade, nasci de você e morri por você. Sei que cedo ou tarde nos encontraremos e peço a nosso papai do céu que me permitar a felicidade de estar em teus braços novamente, voltar a ser criança e sorrir, pular, correr e brincar. Debaixo de teus olhos, protegida.  Preciso de proteção e de teus bons conselhos, tudo está tão diferente,  já não sei mais no quê confiar e por onde ir. Perdi-me.
 
  Por quê partir assim sem me avisar? Pra quê? Sempre achei que tu serias eterno, nunca me preparei praquela hora. Ficou a dor e as lembranças de nossos momentos. Só nós sabemos. Vontade de gritar que te amo. E Como eu te amo! Ontem, hoje, amanhã e sempre... Serei tua menina. Como queria voltar a sorrir displicente. Sem nódoa, mácula ou mágoa. 
 
  Que vontade de ser novamente menina e cantar em teu colo” Uma vez Flamengo sempre Flamengo. Flamengo eu sempre hei de ser...”  Júlio César. Leandro. Marinho. Juan. Junior. Andrade.  Adílio. Zico. Nunes. Sávio. Romário. Bons tempos aqueles. Me ajude a sanar essa saudade que tenho de ti.
 
  Carrego em meu semblante as expressões de sofrimento, a angústia de não ouvir tua voz acalentando  minhas dores que agora carrego sozinha. Ah paizinho, quando sonho contigo parece ser o instante mais feliz de minha vida, tento não acordar mais sempre vem a realidade e sua cruel constância me mostrar que estou sozinha, longe de ti.
 
  Vem Pai. Abrace-me forte, ensine-me um caminho e me faça sorrir. Mais uma  vez, penteie meus longos cabelos de boneca, pois sua menina dormirá tentando sonhar  que em teu colo voltará  aos velhos tempos de criança. Eu te amo.

 
Sidrônio Moraes
Enviado por Sidrônio Moraes em 04/05/2009
Reeditado em 17/05/2015
Código do texto: T1574462
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