POR QUE SOFREMOS?
Ás vezes sofremos por um nada meio difícil de detectar. Mesmo que já tenhamos conseguido aquele patamar ótimo de superar tudo que foi desejado e não realizado. Mesmo que tenhamos perdido tudo que poderíamos ter tido ou até tudo que tivemos e perdemos. Aquela paz de espírito dos justos, uma como que superioridade de que a tranqüilidade de ter a força de agüentar as eventualidades, pois já foi alcançado um desprendimento do que outros ambicionam.
Sim, ás vezes o sofrimento retorna. Será por excesso de sensibilidade? Será que tal patamar implica também uma delicadeza de refinamento filtrando o que pode nos atingir, sem que o percebamos?
Afinal, o que é o sofrimento?
Sofremos quando o estado bom deixa de ser bom, por uma experiência invasora e só percebida no momento de sentida. Pode ser uma dor física. Ou algo novo no sentir desconforto, abandono, traição ou o esquecimento. Ou por constatarmos nossa fragilidade.
Ou por suspeitarmos que nossa força não seja tão ampla como a que confiávamos?
É apenas um questionamento.