VIDA VELHA ROUPA NOVA
Achei não seria possível,
crescer e andar novamente. Sentir o perfume da lua, de lento atravessar a rua.
Ganhar e guardar, pedrinhas de ouro esculpida no rolar da chuva.
Ganhar e guadar pérolas, para depois ler.
No frio entrelaçar os pés,
no aconchego da madrugada, ver crescido os passarinhos, dando a cria sua lida...
Achei não seria possível,
Novamente, me olhar no espelho,
na alma enxergar primaveras, depois de tão longo frio,
ascender no espírito a chama, poder me deitar na grama.
Saber, tentar recomeço, reconhecer erros e falha nas ganas,
pedir perdão com a alma, reconhecer que é de carne...
Achei, encontrei meu caminho!
tudo o velho se fez novo, aprendi de fato a andar
iniciando por engatinhar, pedir colinho e dar.
Os passarinhos pousados,
pedrinhas de ouro, por todo lado, pérolas em pasta arquivadas, para serem consultadas relidas, e aplicadas.
Vestir novamente, "do novo" a velha vida, cansada.