Era um dia qualquer no Rio de Janeiro. Ipanema. Um encontro casual no elevador. Uma feliz coincidência.
Ídolo, VIP. Lembrava o primeiro filme do Dustin Hofmann na primeira noite de um homem. Músicas cujos sons inovadores me agradavam, sussurros silenciosos.
"Hello darkness, my old friend, I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping, left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain still remains
Within the sound of silence.
Olá escuridão, minha velha amiga, eu vim para conversar contigo novamente.
Por causa de uma visão que se aproxima suavemente e deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E a visão que foi plantada em meu cérebro ainda permanece
No som do silêncio
E na luz nua eu vi dez mil pessoas, talvez mais
Pessoas conversando sem falar, pessoas ouvindo sem escutar
Pessoas escrevendo canções que vozes jamais cantaram
Ninguém ousou perturbar o som do silêncio.
And in the naked light I saw, ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking, people hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one dared disturb the sound of silence."
Como eu já escreví aquí, viajou muito comigo e com o Olodum, minha mulher e meus filhos por muitas estradas.
Naquele dia no elevador do Hotel com Paul Simon eu não sabia nem o que dizer, mas hoje eu próprio tenho meus momentos de conversar com quem não quer me ouvir ou que quando me ouve não quer escutar.
Hoje escrevo e como todos os que escrevem sabem, não há nada mais alto e estridente do que o som do silêncio...
http://www.youtube.com/watch?v=wRazxFz9j-M&feature=related