"COM AÇUCAR E COM AFETO"
Estava aqui prestando atenção a letra da música do Chico, “Com açúcar e com afeto”, onde a “Amélia” da canção morre de amores por seu homem, que é boêmio todo, vive nos bares bebendo, discutindo futebol e olhando pras pernas das moças que por ele passa e sempre chega em casa bêbado e cansado. Mas quem disse que isso irrita “Amélia”? Que nada! Quando o amado está ausente, ela beija o seu retrato e quando ele chega em casa ela ergue os braços para ele.
Naturalmente, o fato acima, acontece no plano comum, mas, como o amor é visto sobre a visão filosófica?
Vamos conhecer um pouco o pensamento dos gregos: Sócrates, como se sabe é que nem Jesus Cristo, não deixou nada escrito, os apóstolos é quem puseram palavras em sua boca, o mesmo fizeram Platão e Xenofonte com Sócrates, que o exaltam e Aristófanes que o combate e satiriza.
No livro intitulado “ O Banquete”, escrito por Platão, ele narra uma reunião de filósofos gregos, contando com a presença de Sócrates ; eles discutiam o amor. Sócrates então se manifestou através de um discurso, que diz: “sendo o Amor, amor de algo esse algo é por ele certamente desejado. Mas este objeto do amor só pode ser desejado quando lhe falta e não quando possui, pois ninguém deseja aquilo de que não precisa mais”. Complicado de entender? Coisas de Sócrates. E para complicar ainda mais, Platão acrescenta: “ o que se ama é somente “aquilo” que não se tem. E se alguém ama a si mesmo, ama o que não é.”
A palavra final vou deixar com Kitalomy, que diz: “ O “objeto” do amor sempre está ausente, mas sempre é solicitado. A verdade é algo que está sempre mais além, sempre que pensamos tê-la atingido, ela se nos escapa entre os dedos. Essa inquietação na origem de uma procura, visando uma paixão ou um saber, faz do amor um filósofo. Sendo o Amor, amor daquilo que falta, forçosamente não é belo nem o bom, visto que necessariamente o Amor é amor do belo e do bom. Não temos como desejar aquilo que temos.”