Até onde a estupidez leva o homem?

Numa tarde de sol um homem sentado, não conseguia perceber tudo que estava a sua volta. Um pequeno homem tão pequeno quanto sua razão. A razão insignificante de ser, de não poder perceber.

- O que faço aqui nessa tarde ensolarada em tão belo espaço. Sem amigos sem quem tanto preciso. Como posso ser tão frio? Como posso ser tão maldito?

Duas pessoas ao longe, rostos conhecido. Mas nada que a estupidez de tal homem possa entender. Nada que a espiritualidade queira cultivar. Nada que apenas seres queiram ser. Tais corpos se deslocam em direção de tão sólido homem. Ele não se mexe não se move. Fica estático imóvel em seu banco de parque, junto com suas arvores e pássaros. Em seu pequeno mundo encantado.

- Mas não pode ser! Pessoas estão a passar por aqui. Ninguém passa por aqui! O que tais loucos querem? O que tais prósperos tanto discutem? – tenho inveja de grandes almas!

Os corpos passam por ele como se não existisse. Uma estupidez. Os corpos, damas perfeitas, que alucinam o sonho de grande homem, que por impulso tomara coragem em dirigir-se a elas e delas recebeu um sorriso e um balançar de cabeça. Outra estupidez. Só por espantosa alma desejar-lhes um bom dia, com suas vestimentas velhas. O homem sem abrigo rejeitado por quem o cria, por quem o condiciona, todos os corpos que por ele passam e não o olham, desprezam como um simples pedaço de papel deixado numa lata de lixo.

- Como posso eu me livrar de conformados olhos? Não quero fazer o mal! Mas forçar-me-ão a simplesmente viver.