O PROFESSOR DE CORAÇÃO (Por que o sistema educacional público não tolera a qualidade?)
Eu confesso para vocês que no papel de professor, Há em mim algo relacionado com o esforço feito de todo o coração que produz esta crônica. Um atleta maratonista em plena prova pode ter esplendida habilidade, resistência e sincronização, mas se não tiver cem por cento de vontade para vencer, é bem provável que será deixado para trás! Minha vontade aqui é meu êxito! E a sua também é exitosa.
Em meu esforço para produzir este texto, quero declarar o quanto sou “leal” ao magistério quando dezenas de outros professores, travestidos de mestre, abandonam-no. E lhes digo mais, Essa mesma inteligência franca é necessária em nossa relação financeira com a educação, ou seja, dando o nosso melhor para conquistar o salário digno, sem fazer disso toda finalidade do mesmo, o "Cavalo de Tróia".
É apropriado que os professores em todas as reuniões reclamem de salário? Deveríamos concordar com os profissionais da educação que não empregam sua melhor experiência técnica de ensino por julgar que o sistema não lhes paga bem?
Por certo, nenhum professor deveria fazer do dinheiro o seu único tema profissional, como também não deveria exceder-se em outros assuntos de somenos importância, Tipo: evasão escolar, uso de uniforme, nota de aluno, com a exclusão de outros temas extremamente importantes e urgentes, como: qualificação do profissional, sobre tudo sem abrir mão da qualidade. Senão, os professores estariam abreviando seu magistério ou vamos continuar desperdiçando boas oportunidades para guiar o alunado aos verdadeiros problemas da educação e apresentar aos aspirantes ao magistério a devida relação entre “aquela indisposição” e o salário de educador? Nos grandes compêndios que tratam do comportamento profissional do professor, metade deles toca na questão de salário baixo como um fator desestimulador. Outro dia, ouvi através da rádio CBN, um comentário sobre “o apagão na educação”, era uma previsão de que em breve, faltará professor no mercado. Devido à falta de incentivo financeiro e às adversidades disciplinares em sala de aula. Isso demonstra que os intelectuais reconhecem a importância da perspectiva educacional do dinheiro. Porém, será mesmo que está faltando verbas para a educação? Ou só não chegam à escola. A CPI da merenda é o quê?
Falo por mim, como profissional da área, dedico a vida ao sistema educacional. Dissemos-lhes na colação de grau do curso de licenciatura o seguinte juramento: “ofereço-lhes uma dedicação de todo meu coração”. Mas, a maior parte do coração da maioria está na carteira, pois o dinheiro que se acha ali representa a energia que impulsiona à iniciativa e à criatividade dela. Se o sistema não é o recheador de nossa carteira, estamos em “greve” circunstancial. Talvez a educação não nos paga bem, não porque não tenha verbas, mas porque não nos quer bem.