Um elefante incomoda muita gente!
Dois elefantes incomodam, incomodam muito mais!!
Rosa Pena
Muita ginástica, pouca birita, cigarro algum, ar puro. Se tiver mesmo que morrer, que seja de velhice, mas uma velhice sarada, sem cheiro de uísque (cirrose é falta de informação), sem saborear amendoim (tem muito colesterol). Sai o chope e entra o suco. Sai o churrasco e entra o natureba. Sai o papo cabeça e entra o papo saúde. Açaí não é mais só inspiração pro Djavan. É aditivo para malhação. Morrer aos oitentinha virou morte precoce. A euforia é coletiva, pois estamos bem próximos de enganar a desdita.
— Minha amiga: você é gordinha porque quer!
Manadas com o mesmo padrão visual, aglomerados de silicone. Morte por acidentes ou violência é karma, as outras é só descuido nosso, daí não adianta nem prevenção, como a vacina de gripe para terceira idade, aves ainda não tomam, pois estas devem morrer bem cedo para não ficar gordurosas, nada de HDL.
— Minha amiga: você é gordinha porque não malha.
Fossa é démodé, depressão está fora de qualquer questão. Prozac na mão. Loucura só mesmo em vaca, que nem mais preocupa tanto, picanha de soja com catchup dá pra levar. Manipulada conscientemente e sem fazer resistência, a humanidade sorri um sorriso com Botox. Não cede lugar à nova geração, compete-se a ponto de fazer uma Vera Fisher filha de alguma jovem iniciante. Não, não se saboreia mais o perigoso, não se sai mais de cena quando a energia declina. Ação e reação de forma padrão, sempre tão monótona e eu lá dentro, sem querer ficar igual a todos. Sinto-me pouco à vontade, pois sempre tive uma aversão forte à psicologia de massas. Meu jardim do Éden tem guimbas de cigarro, meu tônico da juventude é batizado com vodka. Não há nada mais burro do que não se viver para alongar a vida. Atualmente, viramos manadas; logo, viramos elefantes. Sendo assim, por que não fazer como eles? Sair lentamente de cena quando o vigor se for? A média de vida potente deles é sessenta anos, mas não usam celular, não atendem interfones, não precisam do Velox, não possuem contas em banco, nem precisam usar manequim 38. Ganham pelo menos dez anos nessa parada.
— Dona Rosa! A Telemar avisou que hoje vai fazer reparos na área.
Falei de elefantes, mas não daqueles de circo. Qual é o vigor de um elefante circense?
— Minha amiga: manda o doutor à merda!
Dois elefantes incomodam, incomodam muito mais!!
Rosa Pena
Muita ginástica, pouca birita, cigarro algum, ar puro. Se tiver mesmo que morrer, que seja de velhice, mas uma velhice sarada, sem cheiro de uísque (cirrose é falta de informação), sem saborear amendoim (tem muito colesterol). Sai o chope e entra o suco. Sai o churrasco e entra o natureba. Sai o papo cabeça e entra o papo saúde. Açaí não é mais só inspiração pro Djavan. É aditivo para malhação. Morrer aos oitentinha virou morte precoce. A euforia é coletiva, pois estamos bem próximos de enganar a desdita.
— Minha amiga: você é gordinha porque quer!
Manadas com o mesmo padrão visual, aglomerados de silicone. Morte por acidentes ou violência é karma, as outras é só descuido nosso, daí não adianta nem prevenção, como a vacina de gripe para terceira idade, aves ainda não tomam, pois estas devem morrer bem cedo para não ficar gordurosas, nada de HDL.
— Minha amiga: você é gordinha porque não malha.
Fossa é démodé, depressão está fora de qualquer questão. Prozac na mão. Loucura só mesmo em vaca, que nem mais preocupa tanto, picanha de soja com catchup dá pra levar. Manipulada conscientemente e sem fazer resistência, a humanidade sorri um sorriso com Botox. Não cede lugar à nova geração, compete-se a ponto de fazer uma Vera Fisher filha de alguma jovem iniciante. Não, não se saboreia mais o perigoso, não se sai mais de cena quando a energia declina. Ação e reação de forma padrão, sempre tão monótona e eu lá dentro, sem querer ficar igual a todos. Sinto-me pouco à vontade, pois sempre tive uma aversão forte à psicologia de massas. Meu jardim do Éden tem guimbas de cigarro, meu tônico da juventude é batizado com vodka. Não há nada mais burro do que não se viver para alongar a vida. Atualmente, viramos manadas; logo, viramos elefantes. Sendo assim, por que não fazer como eles? Sair lentamente de cena quando o vigor se for? A média de vida potente deles é sessenta anos, mas não usam celular, não atendem interfones, não precisam do Velox, não possuem contas em banco, nem precisam usar manequim 38. Ganham pelo menos dez anos nessa parada.
— Dona Rosa! A Telemar avisou que hoje vai fazer reparos na área.
Falei de elefantes, mas não daqueles de circo. Qual é o vigor de um elefante circense?
— Minha amiga: manda o doutor à merda!