O PRÊMIO

                         Certa vez, há muito tempo atrás, participei de um concurso de poesias em que fui classificada e agraciada com um prêmio. Lembro-me bem, eu devia ter uns 15/16 anos e enviei uma trovinha para a revista promotora do evento. Não me perguntem o nome da revista porque não faço a menor idéia. Sei, porém, ser uma daquelas que contam histórias de amor, mas não em quadrinhos. Da revista não lembro o nome, mas era publicada pela  "Rio Gráfica Editora". Por qual motivo guardei o nome da editora? Desconheço a razão. Talvez porque editasse, também, outras publicações das quais eu era leitora.

                        O certo é que enviei os tais versinhos e, algum tempo depois, recebi um comunicado informando ter sido classificada. Devia, portanto, ir receber o prêmio que me cabia nos escritórios da empresa. Já viram, não é? Vaidade em alta, e eu andando como se pisasse em nuvens.

                       Passados alguns dias lá fomos nós, eu e minha mãe, buscar o tal prêmio. Não sei bem o que esperava. Quem sabe uma assinatura da revista ou um livro. Nem uma coisa, nem outra. O prêmio era tão somente uma poncheira comum, de vidro, com umas florezinhas pintadas. Sinceramente, nem valeu o gasto com as passagens, porque eu morava em Botafogo e a editora ficava lá para as bandas do Rio Comprido, e bota comprido nisso!

                            De qualquer modo valeu a experiência e o suspense enquanto aguardava o resultado. E, na verdade, tudo vale nessa idade em que os sonhos estão florescentes.

                            Eu me lembro bem dos meus. E você, lembra dos seus?

                                                  mai-2008