Namoros Políticos (extraído do livro eleições em cubarulhos)

Como o poder não tem sexo e vale de tudo para se chegar a ele, então iremos esmiuçá-lo sob a ótica sexual. A própria prática de sexo reforça os laços afetivos dentro da classe. Com a proximidade do pleito o ambiente fica propício a casos de extrema intimidade política. É quando a urna e o voto ficam disponíveis um ao outro. É o caso da relação eleitor e eleito, gozando de excessiva libertinagem e caminhando de mãos dadas rumo ao altar do poder. Também é bom frisar não haver distinção entre masculino e feminino nestes relacionamentos. Quando ocorre entre pessoas de mesmo sexo, a relação é até mais forte, porque os rabos que participam da farra ficam presos. O que na política é muito valioso, às vezes até sem preço. Um bom rabo preso é garantia de sucesso na vida. Ligações, recadinhos, pombos correios, são muito utilizado nesse ambiente visando iniciar aproximações. Em tempos internéticos não são dispensados o uso de troca-troca de emails. Os mais liberais adoram adicionar MSN, Orkut, e outras ferramentas visando levar mais gente à farra, elevando o êxtase final. Os mais conservadores ainda preferem uma rodinha entre amigos. Geralmente o conservador na política é muito liberal na vida íntima, mas isso fica restrito a poucos. Um alegre carteado regado a bebedeiras despistando eleitores menos esclarecidos em relação as suas reais intenções com o poder, são normalmente oferecido ao membro de diversos partidos e variadas tendencias. Em épocas eleitorais tudo isso pode levar a paqueras, namoros, noivados e até casamentos com partilha de cargos no governo, privilégio de poucos. O contrário também é válido, quando se dá o rompimento, principalmente se movido por forte crise emocional. Político que não se assume e se auto-rotula vítima ou perseguido, fica pior que mulher traída. Torna-se apelativo e fica fazendo showzinho sentimentalesco visando baratear o voto em comícios. Aproveita a chance de enganar mais, e ainda esconde suas metas inconfessáveis. Político Traído geralmente é mal intencionado e fica mais mentiroso ao eleitor. Se foi traído, motivo houve. Nesse meio santo não se cria. Escapadelas, puladas de cerca, traições explícitas, são práticas comuns e bem aceitas entre eles. Não é considerado crime o ato em si. Até mesmo por curiosidade os políticos apreciam muito as escapadinhas. Principalmente se o pleito é apertado, qualquer risco é válido. Talvez até para sentir melhor a potência dos membros do outro lado. A freqüência com que ocorre é visto como habilidade, e muitas vezes o sujeito é assediado pelos dois lados. Ele fica valorizado no meio. Situação e Oposição também não têm sexo. Só se diferenciam pela prática de sua posição predileta. Assemelha-se em muito, às boas garotas de programa. Outra característica que também é levada em conta no currículo do político é a sua capacidade de estar sempre se transformando. De novo se assemelha em muito com as boas garotas de vida fácil, por não imporem nenhuma restrição de regra no seu amplo programa. Moralismo e prostituição não se combinam. Assim também ocorre no meio político. A diferença está na forma mais clara e transparente das profissionais do sexo. Tanto a prostituição quanto a política é mal falada pelo povo. Mas é ele, somente ele, o povo, quem mantém as duas atividades em evidência.

Edilson Bueno do Nascimento

bueno
Enviado por bueno em 26/04/2009
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