Carvalhos e eucaliptos...

Um vento vem zunindo... e há um crepitar de galhos se partindo,
como se fossem palitinhos voando pelos céus.O céu ruge...e tudo
se cala...porque estamos diante do furor da natureza...que
quando está nervosa mostra seus gritos-trovões e suas espadas-raios.
Nada pode estar quieto nestes momentos de explosão. Nada !
É o momento de procurar refúgio.
O animalzinho se enfia num buraco...o primeiro que vê, e nessa total
escuridão se sente em segurança.
Nós corremos para nossas casas, amedrontados com essa poderosa
natureza que quando fica brava é como um lobo mostrando os dentes.
Sim...essa é a natureza que nem sempre é pacífica como cordeiro.
E nós que somos natureza , animais racionais, agimos também como ela.
Explodimos, às vezes (há alguns que explodem todosos dias, rsrsr).
Soltamos o verbo..xingamos o mundo...e tudo o que nos
rodeia e como uma tempestade vamos deixando nossos rastos de
destruição. De eucaliptos flexíveis e carvalhos rígidos...caem nossas
palavras que são levadas pela ventania...até os ouvidos mais distantes,
àqueles que nem esperavam temporais.
A chuva grossa que molhava os corpos, agora são lágrimas de batalhas
e lutas intestinas.Carvalhos sangram...eucaliptos se vergam...como
súditos...e a vida se expande na compreensão ou incompreensão dos
próprios atos...que muitas vezes se represam formando conclusões
que satisfazem egos inconseqüentes...ainda não burilados pelo
cinzel da alma, aquela que solitária .só é reconhecida em últimos ins-
tantes quando da migração final, em geral, já tarde demais.
Ah...Carvalhos e Eucaliptos....duros ou maleáveis! Os ventos podem ser
terríveis...e nenhum sobreviver para contar a história...
porque as ventanias, essas sim...um dia você terá de entendê-las
por bem ou por mal...
Disso você pode estar certo !!!

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Texto feito por mim, Cássio Seagull, em 04-03-09 às 19 h em SP.
Lua crescente – sol forte – 34 graus.
Beijos e abraços para você... Boa quinta...
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