Quem chegar por último é a mulher do padre
Lendo as notícias do dia lembrei-me de algumas brincadeiras de infância e da frase “quem chegar por último é a mulher do padre” e era uma correria para não ser o último qualquer que fosse a situação.
O que não sabíamos, pelo fato de sermos crianças é que a origem dessa frase estava no fato de que a donzela, tornando-se mocinha, tinha o dever de arrumar um “partido” para casar ou se tornar freira, pois caso não resolvesse logo se tornaria “a mulher do padre”, o que significava ficar solteira (sozinha).
Mas... já naquela época falava-se também de “filhos de padres” espalhados pela cidade, comentários que eram feitos em sussurros, diferentes dos atuais que ultrapassam fronteiras de países em segundos.
Pensando nesse assunto e na evolução das línguas, em todos os sentidos, constatamos que a expressão “quem chegar por último é a mulher do padre” há que ser revista, pois certamente "mulher do padre" não é quem fica sozinha, não é quem passa pela vida sem ter estado fisicamente com um homem e que nesse “pique”, nessa corrida, nessa brincadeira “de mulher do padre” a fila anda.
Cá entre nós, de brincadeira em brincadeira, graça já se perdeu e muito e esse assunto de padre e celibato já passou do tempo de ser resolvido de maneira ética.