Eu amo minha barriguinha.
Realmente, na maioria das vezes só valorizamos as coisas quando as perdemos. Tive que perder minha barriguinha para valoriza-la.
Somente depois de descobrir que tinha diabetes e perder quase 15 kg é que pude avaliar a maravilha de poder se alimentar.
Dieta forçada, quatro bolachas salgadas no café-da-manhã.
Tanta gente querendo perder a barriga e eu louco para ganha-la novamente, pode comer e ter força para ir a uma academia. Aliás, há quanto tempo não pratico esporte.
Mas agora aprendi também que não adianta reclamar, de ser gordo ou ser magro. Estes detalhes são acessórios, mas o que importa é o principal, e o principal é a vida.
Hoje não reclamo das picadas da seringa, duas vezes ao dia, para aplicar insulina.
A vida nós temos que valorizar. Buscar comer o que dá prazer, mas sem exagerar. Não morrer de fome e nem de tanto comer.
Aproveitar enquanto podemos nos exercitar, física e mentalmente. Malhando e pensando no tempo que perdemos, reclamando de tudo, infeliz por nada.
Tentando corrigir nos outros aquilo que está errado em nós. Perda de tempo. Tempo que poderíamos estar investindo em vida, e, portanto, em felicidade.
Somos todos uns grandes “Narcisos”. Mas não sabemos ver a beleza da alma.
Mas toda doença é um sintoma de que estamos doentes da visão. Por não saber enxergar o que temos gastamos nossa energia em algo que não edifica nada.
E quando a doença chega, botamos a culpa, na maioria das vezes, em Deus. Num Deus que desconhecemos e não buscar seguir. Que só está em nossas palavras, mas quase nunca em nossas ações.
O Deus que seguimos ainda é o deus com “d” minúsculo. Dos gregos e romanos, com forma humana, defeitos e caprichos idem.
Infelizmente, fazemos dele um ser a nossa imagem e semelhança. Infelizmente para nós.
Mas a felicidade não é presente dos deuses, é um bônus da sabedoria de Deus. É algo a ser conquistado através do esclarecimento dos verdadeiros valores da vida. E, se esta última é uma escola, feliz daquele que aprende.
Este bem tão precioso foi tão bem escondido pelos deuses do Olimpo, num lugar que o homem, dito moderno, está de fato muito longe de conhecer: O seu próprio interior.
Conhecer o homem é conhecer a Deus. Conhecer a Deus é conhecer o homem.
Ah, como eu amo minha barriguinha.