Pintura intima

O utópico nos resume, o utópico, o quente, a ancia de ter no nosso caso consegue ser menor que a vontade de encontrar, compartilhar. O normal não nos agrada, o insano nos liberta e nos convence que natural e o lado doce da vida.

Um encontro, olhares, mistos de cheiro, mãos, belos e largos sorrisos, palavras que se repetem em trinca...trinca...trinca, quase se transformando em gagueira, corpos que possuem a ancia de se tornarem apenas um, sem cobranças ou espectativas, apenas um artista e a arte do momento. A boca cheia de infância, as mordidas e mordiscadas, a boca que completa a outra.

O fogo que devassa, o pecado que alimenta, a força que atrai opostos aqui esqueceu-se de cumprir sua tarefa, aqui atraímos apenas as partes que nos completam.

Vontade de entender o mundo, vontade de calcular os limites só pelo prazer de ultrapassa-lo. Gemidos, apertos, apertos severos, marcas de um amor não concretizado, marcas deixadas com um simples proposito... Que o bom amante retorne ao lar.

Amanhece eh como se o mundo estivesse do lado de fora da nossa esfera, ele e seus malditos ideais. Amanhece e tudo que penso é hoje, tudo que quero é agora, tudo que sinto é fogo, tudo que pego é rude...Tudo...Tudo que preciso, são fracões de você.

Agatha Pamela
Enviado por Agatha Pamela em 25/04/2009
Reeditado em 25/04/2009
Código do texto: T1558503
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