VAMOS FALAR SOBRE ECOLOGIA?

Depois que alguém me contou que viu um cego escrevendo uma carta, ditada por um mudo e tendo um surdo escutando atrás da porta, eu não me admiro de mais nada . E sabe de uma coisa? Eu vou é dar viva para Barack Obama,(por quê???) pois na terra que não tem líder se faz festa para o líder dos outros.

Líder à parte. Tratemos hoje de um assunto que está em voga: ECOLOGIA – não que eu seja versada em tal, isto porque, consultando a minha vida pregressa cheguei a conclusão que não tenho autoridade nenhuma sobre isso , logo eu que quando criança vibrava com as queimadas que o meu pai promovia para replantar a cana; jogava pedras nas lagartixas; roubava ovos nos ninhos das rolinhas; fazia careta pra sagüim; poluía o rio do engenho Manimbu com o meu xixi; espalhava farinha de mandioca nas suas águas para pegar piabas e ainda por cima cometia o crime inafiançável de me entreter roendo umas perninhas de arribação.

Deixemos-me de lado e vamos falar sério. Nós sabemos – sem demonstrar muito repúdio à quebra de nossa soberania - que vez por outra líderes ecologistas do Primeiro Mundo se reúnem para “decidirem” sobre o destino da Amazônia. Sim, da nossa Amazônia, que já sofreu outras investidas, conforme li, faz tempo, num artigo do poeta e escritor Gerardo Mello Mourão, investidas essas, deveras interessantes, senão vejamos: quando Hitler reivindicava espaço territorial reclamado pelo povo alemão, os senhores Chamberlian e Daladier, chefes de governo da Inglaterra e da França ofereceram de cara ao fuehrer a Amazônia brasileira. Proposta não aceita porque segundo Hitler, os Estados Unidos possivelmente não concordariam com uma ocupação alemã em território brasileiro. Quando lhe foi assegurado, que a proposta tinha o aval de Washington. A Hitler só interessava a continuidade territorial do continente europeu. Por isso escapamos.

De outra feita, enrolados na bandeira ecológica , La vêem de novo os países ricos numa investida contra a Amazônia, responsabilizando-a de ser o pulmão do mundo e defensora do planeta contra os buracos na camada de ozônio, por conseguinte, sapecaram um manifesto lá em Estocolmo proclamando a intangibilidade da floresta amazônica.

Gilberto Mestrinho, quando governador do Amazonas era um defensor ferrenho da “parte que lhe cabia nesse latifúndio” e que, na condição de cobra criada não engolia sapo e nem deixava que os jacarés triturassem a sua gente, que era a sua preocupação maior , mandou espalhar por lá outdoors onde se via estampadas figuras de homens, mulheres e crianças, num apelo para que esses animais em processo de extinção também fossem preservados.

Mas, o que existe de verdade por trás dessa febre ecológica que assola o Primeiro Mundo, pondo na floresta amazônica a responsabilidade do oxigênio da humanidade? Dizem os entendidos, que retiramos das águas oceânicas mais de 95% do oxigênio que respiramos e, se toda floresta amazônica for derrubada, os prejuízos ecológicos representarão menos de 0,2% dos danos causados pelas emissões de dióxido de carbono da indústria dos Estados Unidos.

Olha, não sou quem afirma, mas tem gente ai dizendo que essa paranóia ecológica com relação a Amazônia não passa de uma impostura e uma conspiração dos países ricos, que querem impedir o desenvolvimento do Brasil, é tão somente para que não haja exploração da prodigiosa riqueza mineral e vegetal da Amazônia e paralisar a expansão econômica. Em síntese: não nos querem ricos nem poderosos, preferem que continuemos disputando os ossos do banquete deles primeiro-mundistas. SERÁ...?

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 24/04/2009
Reeditado em 24/04/2009
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