PACTO COM LADRÃO?

Felizmente, ninguém em sã consciência marca nenhum tipo de encontro com algum larápio, a não ser algum tipo de comparsa, é óbvio. Aí sim, através de um pacto sórdido, sinistro, regado a droga e álcool, eles planejam, combinam o local e escolhem as futuras vítimas. Por isso, quando ocorre um assalto, um roubo, fica-se sem entender como tal fato aconteceu. Pois, geralmente a ação acontece sempre bem planejada e rápida. Daí vem, quem sabe, a expressão: "CRIME ORGANIZADO". Infelizmente, amiúde, seguido de violência, quando são contrariados, isto é, o assalto não está saindo conforme o previsto ou há alguma reação contrária.

Quanto ao roubo mais simples, muitas vezes acontece por falta de precaução da própria vítima. Ou seja, é verdade que há algumas pessoas que vivem, agem tão desligadas, distraídas, portando objeto de valor à amostra como se “convidasse” o ladrão de primeira viagem , para não dizer abordagem, a se apoderar dos seus respectivos pertences. Após o ocorrido ainda tem o arrojo de dizer que não tem sorte ou que Deus não ajuda! Não quero com isso jamais querer dar algum tipo de razão ao trombadinha, ao meliante! Nada disso. O certo ou errado é que geralmente tais fatos desagradáveis para a vítima são todos imprevisíveis. Pois, ratificando o título, ninguém em sã consciência terá um pacto com ladrão. Um encontro atípico, mas combinado, pode até ocorrer, quando por exemplo se trata de entregar uma determinada propina em troca de uma libertação de alguém vítima de sequestro ou em outras circunstâncias mais esdrúxulas, em troca de liberação de algo relacionado a obras públicas, enfim, quando se trata de um suborno premeditado.

O ladrão mais modesto, tachado como pé-de-chinelo ou não, é antes de tudo um egoísta atabalhoado, sem dó de ninguém. É capaz de roubar uma carteira, sem saber do seu respectivo conteúdo e, em seguida, após retirar algum objeto de valor, joga-a no lixo com os demais documentos. Pensando bem, só mesmo quem passou por uma situação delicada assim é quem pode sentir na pele o medo, o vexame e depois a raiva que tem durante e depois do triste acontecimento inesperado. E deste, infelizmente, ninguém neste mundo está isento. Salve-se quem puder!

João Bosco de Andrade Araújo