PERSEGUIÇÃO A FUNCIONÁRIOS NA UFRPE

Na Estação Experimental de Cana-de-Açúcar do Carpina (EECAC), pertencente à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), existe o PMGCA (Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-Açúcar), o qual é coordenado (extra-oficialmente, porque não existe documento da Reitoria da Universidade o nomeando Coordenador), pelo nosso colega de trabalho Luiz José Oliveira Tavares de Melo.

Situada no Município de Carpina, Mata Setentrional do Estado, distante 56 km do Recife, a EECAC existe há quase 40 anos e realiza pesquisas no setor sucroalcooleiro, o mais expressivo sustentáculo agrícola da economia pernambucana, por meio de estudos com a cultura da cana-de-açúcar, seus produtos e subprodutos.

A estação possui 450 hectares de terra pertencentes à UFRPE e o seu programa, PMGCA, faz parte da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sulcroalcooleiro (RIDESA), que engloba também as universidades federais de Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Goiás e mais recentemente Piauí, Maranhão e Ceará.

Em Carpina o PMGCA é um programa de Parceria Público-Privada entre a UFRPE e o SINDAÇÚCAR (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco). O centro desenvolve tecnologia para a RIDESA que repassa os avanços para 28 usinas locais e para programas governamentais de distribuição de sementes, como o PROMATA (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco).

A estação de Carpina é a principal fornecedora de material genético para a produção das mudas de cana-de-açúcar nas biofábricas da região, conforme declaração do Coordenador da Estação (EECAC), Djalma Euzébio Simões Neto, à jornalista Thatiana Pimentel, do Diário de Pernambuco, em 11 de junho de 2008: "Todos os setores têm acesso aos projetos que nós desenvolvemos e, com o melhoramento da cana, geramos ainda muitos empregos diretos e indiretos".

Para financiar a pesquisa, o PMGCA da UFRPE, conta também com apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e teve recentemente um projeto aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). No local, são investidos mais de R$ 3 milhões anualmente, dinheiro proveniente das usinas ligadas ao SINDAÇÚCAR e mais outros R$ 3 milhões que são captados por projetos de pesquisa vinculados à UFRPE.

Dentre os programas realizados nessa Estação, destacam-se os de melhoramento genético, manejo varietal, controle biológico de pragas e estudos sobre a viabilidade de novos produtos a partir da cana-de-açúcar. A EECAC constitui o maior celeiro genético dos cruzamentos de cana do Nordeste, gerando anualmente novas variedades da planta e introduzindo o cultivo em outros centros produtores do país.

Alguns desses projetos de pesquisa são desenvolvidos pelos nossos colegas, a fitopatologista Andréa Chaves e o entomologista Ricardo Otaviano, que realizam experimentos para o desenvolvimento de novas técnicas de combate às doenças e pragas da cana-de-açúcar, com a participação de todos os funcionários efetivos da UFRPE, lotados na EECAC, (agrônomos, técnicos agrícolas, biólogos, laboratoristas etc.), funcionários contratados pelo PMGCA, através da FADURPE (Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional) e estagiários, estudantes da UFRPE e das Escolas Agrotécnicas do Estado.

Estudantes fazem pesquisas para monografias de mestrado e doutorado na casa de vegetação, onde as mudas são aclimatadas, e nos estaleiros, onde as plantas são analisadas no dia-a-dia.

Em declaração à Isabelle Barros, da Assessoria de Comunicação da UFPE (Ascom), no dia 02 de junho de 2005, o reitor da UFRPE, Valmar Corrêa, afirmou: “Estamos fazendo uma parceria cujo objetivo maior é o benefício da sociedade, pois esse é um produto desenvolvido por nós”.

De acordo com o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha: “A estação de Carpina desenvolve tecnologia para todos. Produz material genético que é utilizado tanto pelos grandes como pelos pequenos produtores. O local realiza, por exemplo, pesquisas para criar variedades mais resistentes a doenças como escaldadura das folhas e ferrugem”.

A unidade realiza também o monitoramento em fitossanidade, que é o caminho para a aproximação entre a produtividade das duas regiões canavieiras: o Norte e o Nordeste, que são responsáveis por, cerca de, 14% do total de cana cultivada no país. "Trabalhamos para melhorar os cultivos que já existem, permitindo a otimização das plantações tanto de larga escala, quanto da agricultura familiar", concluiu a nossa colega, fitopatologista Andréa Chaves.

Diante desse quadro de resultados fabulosos produzidos pelos colegas “Ecaquianos”, tem-se a impressão de que nesse local de trabalho há grande satisfação por parte dos funcionários públicos federais ali lotados. Puro engano!

Lá existe um mal estar constante, para todos que participam do PMGCA, pois o “coordenador” deste programa, nosso colega, Luiz José Oliveira Tavares de Melo, é um mau administrador de pessoal. Em sua mente, ele é o dono do PMGCA e detesta qualquer funcionário público efetivo, principalmente os concursados, pois nestes, ele não pode dar gritos e “esporros”, como faz com os contratados, que temem seu excesso de autoridade para não perderem o emprego.

A todo instante ele procura prejudicar os colegas de trabalho, delegando, na maioria das vezes, responsabilidades que deveriam estar nas mãos dos funcionários de carreira da UFRPE, para os contratados. O que quase sempre acarreta prejuízo para a qualidade dos trabalhos realizados. Alguns falam que ele faz isso temendo que alguém mais competente ocupe o seu lugar, outros acham que ele faz isso por pura maldade, pois ele tem “espírito de porco”. Essa é a opinião da maioria que lá trabalha.

Não sei se feliz ou infelizmente, nossos colegas, funcionários experientes e de carreira da UFRPE, são pessoas que procuram viver e trabalhar em paz, evitando atritos com esse indivíduo, e procurando ao máximo produzir um bom trabalho, pois não há gratificação melhor do que ver o produto do nosso trabalho e dedicação diária, acontecendo de fato em todos os setores que dependem de nós.

Eu trabalho nesta estação há mais de cinco anos, e, comparando com os sete anos que trabalhei na Escola Técnica Federal de Pernambuco, com os mais de sete anos que prestei serviços à antiga EMATER, do Governo do Estado e também aos mais de seis anos que trabalhei no campus da UFRPE, num clima de harmonia e coleguismo, sinto grande diferença e constrangimento em todos os colegas que participam do PMGCA da EECAC, por culpa deste cidadão.

Como eu não tenho sangue de barata, resolvi tornar público esses acontecimentos.